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O plano C do senador Davi Alcolumbre para ajudar o irmão

Josiel coleciona uma série de fracassos políticos e, nas últimas eleições, ainda foi alvo da Polícia Federal por suspeita de compra de votos

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 out 2024, 21h03

No modo de falar, de se vestir e até de andar, os dois parecem gêmeos. Mas na política, o senador Davi Alcolumbre (União), 47 anos de idade, é um sucesso. Já  Josiel Alcolumbre (União), 51 anos, que é seu suplente do irmão no Senado, coleciona uma série de fracassos na política.

Davi Alcolumbre foi presidente do Congresso e já está em plena campanha para voltar a comandar novamente o Parlamento no ano que vem. Nas eleições municipais, o senador conseguiu eleger doze aliados no  Amapá. Parece pouco, mas é bom lembrar que o Estado tem apenas 16 municípios.

O irmão, porém, amarga uma série de derrotas. Em 2020, em meio a uma crise energética no Amapá, Josiel perdeu a eleição para prefeito de Macapá. Até julho deste ano, ele pretendia disputar novamente a prefeitura da capital, mas desistiu diante dos altos índices de a aprovação do atual prefeito, Dr. Furlan, que acabou foi reeleito.

Davi e Josiel chegaram a bolar um plano de contingência para ganhar espaço político. O Alcolumbre mais velho se candidataria a vereador, se eleito usaria a influência do irmão para presidir a Câmara de Macapá e, com isso, se cacifaria para projetos políticos mais ambiciosos. Mas, de novo, deu tudo errado. O irmão do senador  teve parcos 2,5 mil votos e não se elegeu. Conseguiu apenas uma suplência.

Estratégia agora é abrir uma vaga na Câmara de Vereadores

Nesta semana, soube-se que Josiel articula um plano C. Com a ajuda do irmão, ele negocia com o governador Clécio Luiz (Solidariedade) um cargo no executivo local para um vereador do União. Assim, ele assumiria a vaga na Câmara. A ideia é nomear o vereador Banha Lobato (União), mas ela já disse a interlocutores que não pretende abrir mão do mandato.

Além dos tropeços eleitorais, Josiel ainda enfrentou problemas de outra natureza durante a campanha. No início do mês, a Polícia Federal realizou buscas em endereços ligados a ele. Os agentes encontraram 5 mil reais em um dos locais visitados, mas o candidato negou qualquer envolvimento na compra de votos. No comitê de campanha, encontraram só santinhos.

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