O imbróglio que trava transferência de um dos líderes do Comando Vermelho para presídio federal
Luiz Claudio Machado, conhecido como Marreta, segue no Complexo Penitenciário de Bangu, na cidade do Rio

Um dos chefes do Comando Vermelho, Luiz Claudio Machado, conhecido como “Marreta”, teve sua transferência para um presídio federal autorizada em setembro do ano passado. Até o momento, contudo, isso não aconteceu. Preso desde 2014, o traficante chegou a ser direcionado recentemente para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. A Seção de Execução Penal do presídio, contudo, negou o pedido, por entender que “não detém as condições adequadas” para recebê-lo, “em razão da sua precária condição de saúde”.
Preso pela Polícia Federal no Paraguai há mais de dez anos, Marreta ficou foragido por cerca de um ano, depois de fugir do Instituto Penal Vicente Piragibe, em Bangu. De fora do país, segundo a investigação da corporação, ele coordenava a distribuição de armas e drogas para favelas cariocas, além de ajudar a ditar os passos do Comando Vermelho na cidade. Hoje, está preso no Presídio Gabriel Ferreira de Castilho, no Complexo de Gericinó, localizado no mesmo bairro da Zona Oeste do Rio.
Desde setembro do ano passado, no entanto, um imbróglio judicial tem atrasado sua transferência. Naquele momento, a medida determinava que sua ida para um presídio federal acontecesse dentro de um período de três anos. Desde então, a defesa de Marreta chegou a recorrer da decisão, antes de a Justiça fluminense negar o pedido. Em meio a essa indefinição, o traficante segue preso na cidade do Rio e aguarda novos movimentos do Judiciário.
Considerado de altíssima periculosidade, o traficante foi condenado a 131 anos. Até aqui, cumpriu 25 anos. E conforme investigações recentes, ele mantém influência nos complexos do Chapadão e do Lins e nos morros Jorge Turco, Juramento, Covanca, Barão e Bateau Mouche, nas zonas Norte e Oeste da cidade do Rio.