Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

O bloco da hipocrisia

Se queremos mesmo vencer a pandemia, e sair da longuíssima Quarta-feira de Cinzas a que fomos submetidos, o respeito às regras é fundamental

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h31 - Publicado em 4 mar 2022, 06h00

Sim, apesar dos números ainda altos de casos e mortes em decorrência da Covid-19, é possível dizer que a pandemia caminha para o início do fim — há uma clara tendência de queda de ambos os índices no país. Mas ainda não é hora de sair por aí comemorando antecipadamente. No Carnaval de 2022, esse que não aconteceu, com desfiles adiados para abril, o país ofereceu cenas constrangedoras. Nas grandes cidades houve aglomerações, festas fechadas e blocos na rua, apesar da proibição explícita. No Rio de Janeiro, milhares de pessoas se reuniram para desfilar na Região Central e na Zona Portuária da cidade. Segundo a fiscalização do município, oito grupos muito animados foram dispersados. “Esses blocos, em essência, nascem do improviso”, defendeu o secretário municipal de Ordem Pública, Breno Canevalle. “As pessoas vão se aglomerando, o Carnaval está no DNA do carioca.” Talvez esteja mesmo, mas seria melhor que uma outra parcela desse mesmo DNA se impusesse: a da solidariedade, da empatia e do jogo de cintura. A cena da foliã de máscara cirúrgica no braço é constrangedora, passando uma mensagem desafinada em relação ao momento. Se queremos mesmo vencer a pandemia, e sair da longuíssima Quarta-feira de Cinzas a que fomos submetidos, o respeito às regras é fundamental. Soa hipócrita, para dizer o mínimo, um dia defender a manutenção do necessário rigor contra o vírus, criticando quem não usa máscaras em shoppings, e no outro postar fotos da farra ao lado de dezenas de pessoas. Nem tudo é Carnaval.

Publicado em VEJA de 9 de março de 2022, edição nº 2779

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.