‘Não sou candidato a presidente’, diz Doria em Nova York
Prefeito também negou candidatura ao governo de SP em 2018 e disse ser favorável às reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo Temer
No momento em que seu nome surge como possível aposta do PSDB em 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria Jr., afirmou nesta segunda-feira, durante um evento em Nova York, que não é candidato a presidente da República nem a governador de São Paulo. As declarações de Doria foram dadas a uma plateia de empresários e acadêmicos no seminário Brasil e a Economia Mundial, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Harvard Club.
“Quero deixar claro que eu não sou candidato a presidente da República, não sou candidato a governador, sou candidato a ser um bom prefeito da cidade de São Paulo, para isso fui eleito”, disse o prefeito.
Embora tenha afastado a possibilidade de disputar eleições no ano que vem, João Doria aproveitou seu discurso para tratar de temas nacionais, como as reformas política, previdenciária e trabalhista, que tramitam no Congresso.
“Sou contra a reeleição e desde o inicio tenho deixado claro. Acho um mal para o Brasil, defendo, se possível no ano que vem, a reforma política para acabar com a reeleição, [implementar] mandato de cinco anos e se possível uma reeleição a cada cinco anos, aos poderes Legislativo e Executivo, e parar de sangrar o país como acontece a cada dois anos com campanhas custos despesas mobilização, paralisação da administração pública”, criticou.
Além da reeleição, Doria disparou contra a contribuição obrigatória sindical, cujo fim está previsto na reforma trabalhista proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), e pediu aos parlamentares que aprovem as reformas sem mais alterações nos textos.
“Sou favorável às reformas que estão no Congresso Nacional. Não tenho medo de defender as reformas. Falo com toda clareza: é importante aprovar a reforma trabalhista que está no Congresso. E [aprovar] como está, chega, já teve mudanças demais, está bom. E acabar com as facilidades e a contribuição obrigatória sindical, isso vai ser um marco na história trabalhista brasileira. Seja competente e conquiste a contribuição, seja eficiente e você terá a solidariedade de trabalhadores e sindicatos patronais”, declarou João Doria.
Sobre a reforma da Previdência, prioridade do governo Temer no Congresso, o prefeito paulistano disse que a proposta já foi “retaliada demais”. “Sou sim, inteiramente favorável à reforma da Previdência, e como está. Já foi retaliada demais, basta. Que seja votada e os congressistas votem pelo Brasil e não por seus interesses particulares, pessoais, regionais, partidários ou políticos”.