MPF pede que IML informe em 48 horas protocolos de perícias de mortos na operação mais letal do Rio
Diretor do Instituto deve apresentar descrição de lesões, fotografias e identificação da trajetória dos projetis e distância dos disparos
O Ministério Público Federal (MPF) enviou, nesta quarta-feira, 29, um pedido ao diretor do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro (IML), André Luís dos Santos Medeiros, de que sejam informados, em até 48 horas, os protocolos adotados para a identificação de vítimas da megaoperação realizada ontem, terça, 28, nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na ação contra a expansão do Comando Vermelho, que já é considerada a mais letal da história, mais de cem pessoas foram mortas.
No documento, assinado pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão Adjunto, Julio José Araujo Junior, fica estabelecida a necessidade de informe sobre os protocolos adotados pelo instituto, em especial o de
identificação de vítimas de desastres (DVI) e o Protocolo de Minnesota – um conjunto de diretrizes para análise de mortes suspeitas, especialmente sobre a possível responsabilidade do Estado, com ato direto ou omissão.
Foram solicitadas ainda as seguintes questões:
1. Descrição completa das lesões externas nos corpos;
2. Descrição completa das lesões internas nos corpos;
3. Identificação dos projéteis nos corpos e extração para encaminhamento
pericial;
4. Exame radiográfico dos polibaleados;
5. Croqui com lesão dos corpos;
6. Fotografia de todas as lesões encontradas nos cadáveres;
7. Fotografia das características individualizantes;
8. Item de discussão contendo trajetória dos projetis e distância dos disparos.
Até o fim da noite desta terça-feira, 28, os dados oficiais sobre a operação apontavam pelo menos 64 mortes, sendo quatro de agentes da polícia. Na manhã desta quarta-feira, 29, cerca 60 corpos que ainda não tinham sido contabilizados foram encontrados e retirados pela população de uma região de mata na Penha. Com os novos registros, o número supera massacres como o do Carandiru e coloca a operação como a mais letal da história do Brasil.
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