Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

MP vai investigar contatos mantidos pelos atiradores de Suzano na internet

Há indícios de participação dos assassinos em fóruns e grupos de ódio; 'se tiver outras pessoas envolvidas, vamos alcançar', diz procurador

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 14 mar 2019, 14h38 - Publicado em 14 mar 2019, 14h20

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, afirmou nesta quinta-feira, 14, que o Ministério Público não descarta a possibilidade da atuação de uma organização criminosa no ataque à escola Raul Brasil, em Suzano (SP), na Grande São Paulo. No mesmo dia do massacre, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi escalado para atuar nas investigações.

“Iremos fazer uma investigação ampla em todas as linhas para saber como eles tiveram acesso às armas, se há um grupo que atua com eles, se há uma rede de comunicação entre eles, as motivações e a forma do crime”, afirmou Smanio. “Não descartamos nada. Se tiver outras pessoas envolvidas, vamos alcançar essas pessoas.”

Segundo o procurador-geral, o Ministério Público vai atuar com o núcleo de investigações cibernéticas do Gaeco para averiguar os contatos mantidos pela internet por Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, e Guilherme Taucci Monteiro, de 17. Os dois foram os autores do ataque que deixou oito vítimas na Escola Estadual Raul Brasil na manhã de quarta-feira 13.

Nesta quinta, equipes realizaram diligências nas residências dos autores e em uma lan house onde os jovens costumavam se encontrar. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram apreendidos computadores, tablets e anotações feitas pela dupla.

Continua após a publicidade

Os assassinos faziam parte de fóruns na internet ligados a videogames de violência. Logo após o ataque, surgiram indícios da participação dos autores em um fórum virtual, um grupo de ódio na deep web – espaço da internet inacessível por navegadores comuns e com menos regulação.

O fórum já foi alvo de uma operação da Polícia Federal que resultou na prisão de Marcelo Valle Silveira Mello, apontado como um dos líderes da comunidade. Ele já havia sido preso em 2012 e voltou à cadeira em maio do ano passado na Operação Bravata. Mello foi condenado em dezembro pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, a 41 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, racismo, coação, incitação ao cometimento de crimes e terrorismo.

“Vamos investigar os computadores, os indícios nas residências deles, os locais que frequentavam e os vínculos com outras pessoas”, afirmou Smanio. “Queremos chegar ao quadro mais amplo possível.”

Continua após a publicidade

Arma

As investigações também seguem na linha para descobrir como os jovens tiveram acesso ao armamento utilizado no crime, em especial o revólver .38. O promotor Rafael Ribeiro do Val foi nomeado para atuar no caso.

Os trabalhos estão sendo conduzidos pela Delegacia de Polícia Central de Suzano. Na quarta, os investigadores ouviram testemunhas e os pais dos autores.

Os dois assassinos deixaram oito mortos antes de cometerem suicídio. Entre as vítimas estão a coordenadora pedagógica da escola, uma funcionária, cinco alunos e o tio de um dos criminosos, morto em uma loja de carros, onde os autores estiveram antes de cometer o ataque.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.