Motoboys de aplicativos de entrega fazem nova manifestação em SP
Cerca de duzentos profissionais participam de protesto no dia em que o Tribunal Regional do Trabalho promove audiência de conciliação com as empresas
Entregadores de aplicativos realizam, nesta terça-feira, 14, uma segunda paralisação contra as plataformas de delivery em São Paulo. A categoria reivindica o reconhecimento do vínculo empregatício com as empresas e cobra mudanças na política de remuneração dos trabalhadores.
Diferentemente dos atos do dia 1º de julho, que ocorreram em várias capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, a paralisação desta terça-feira acontece apenas em São Paulo. A adesão ao movimento também caiu. Como VEJA mostrou, há duas semanas, cerca de mil trabalhadores participaram da manifestação, segundo estimativa do Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimoto). Hoje, cerca de 200 motoboys se concentravam no final da manhã na sede do Sindimoto, no Brooklyn, zona sul de São Paulo. O sindicato aguarda cerca de 2.000 trabalhadores até o final do ato.
O menor número de manifestantes pode ser explicado pelo fato de o ato desta terça-feira não contar com a participação do movimento #BrequeDosApss, que esteve por trás do primeiro movimento e que articula uma greve nacional para o dia 25 de julho.
O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) atendeu a um pedido dos motoboys e realizará, na tarde desta terça-feira, uma audiência de conciliação dos trabalhadores com representantes de empresas, como iFood, Loggi, Rappi e Uber, para tratar sobre as reivindicações da categoria.
Os entregadores pedem, entre outras coisas, aumento da remuneração pela entrega, reajuste do valor pago por quilômetro rodado, contratação de seguro contra acidentes, roubos e furtos e distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) durante a pandemia do novo coronavírus. O protesto deve ir até as 16h, horário previsto para o início da audiência, em frente ao TRT.
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