Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

Morto na ditadura militar, estudante Edson Luís pode entrar para o Livro dos Heróis do Estado do Rio

PL foi aprovado na Alerj em segunda discussão e segue para sanção do governador Cláudio Castro (PL).

Por Valentina Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 Maio 2025, 16h07

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), aprovou, na tarde desta terça-feira, 06, a inclusão do nome do estudante Edson Luís, assassinado aos 18 anos com um tiro no peito durante a ditadura militar, no Livro dos Heróis e Heroínas do Estado do Rio. A proposta, de autoria da deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), passou em segunda discussão e agora segue para sanção do governador Cláudio Castro (PL).

O secundarista foi morto em 28 de março de 1968 durante um protesto dentro do Restaurante Central dos Estudantes, conhecido como Calabouço, no Centro do Rio, local que distribuía refeições a preços populares para alunos da rede pública e servia como base de articulação do movimento estudantil. Oficiais da polícia militar reprimiram o ato e realizaram disparos contra os jovens. O episódio virou símbolo da resistência estudantil sobre a opressão do regime.

Coautores do PL, os deputados Carlos Minc (PSB) e Luiz Paulo (PSD) estavam na manifestação em que a tragédia aconteceu.

“Esse caso levou a uma expansão do movimento estudantil. Lembro que o pessoal gritava ‘mataram um estudante. E se fosse um filho seu? Isso pegou na classe média porque, de fato, ele não estava cometendo crime algum e sim almoçando em um restaurante”, contou Minc. “O Edson levou um tiro no peito e a polícia tentou tirar o corpo dele e levar embora para fazer a autópsia e esvaziar a manifestação. Os médicos Jamir Haddad e Luiz Tenório fizeram a autópsia no meio da manifestação para que ninguém levasse o corpo embora”, lembrou.

“Sou testemunha ocular da história deste assassinato praticado pela ditadura. Os estudantes pegaram o corpo dele e trouxeram para onde hoje é a Câmara Municipal e eu estava presente porque, na época, eu também fazia parte do movimento estudantil. Muitos foram os intelectuais que aderiram a esse projeto pelo assassinato de um jovem, mas muito jovem, estudante”, disse Luiz Paulo.

Continua após a publicidade

Em registro no livro “1968: O Ano Que Não Terminou”, o escritor e jornalista Zuenir Ventura relata que o velório de Edson, no dia 29, uma sexta-feira, teve a participação de mais de 50 mil pessoas no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio.

“Lembro que o pessoal gritava ‘mataram um estudante. E se fosse um filho seu?’ Isso pegou na classe média porque, de fato, ele não estava cometendo crime algum e sim almoçando em um restaurante”, afirmou Minc.

Além de Dani Monteiro, Luiz Paulo e Carlos Minc, o projeto também tem a coautoria dos seguintes parlamentares: Professor Josemar (PSol), Flávio Serafini (PSol), Verônica Lima (PT), Elika Takimoto (PT), Marina do MST (PT) e Yuri (PSol).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.