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Mortalidade por câncer de mama e colo do útero cresce no Brasil e expõe desigualdades raciais

Boletim Epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde mostra aumento de mortes entre 2010 e 2024, com impacto maior em mulheres negras, pardas e indígenas

Por Valentina Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 out 2025, 16h41 - Publicado em 3 out 2025, 16h39

O levantamento do Ministério da Saúde, publicado nesta sexta-feira, 03, no Boletim Epidemiológico (Vol. 56, nº 15, de 3 de outubro de 2025), apontou que a mortalidade por câncer de mama e de colo do útero aumentou no Brasil entre 2010 e 2024. De acordo com o documento, neste período, 248 mil mulheres morreram de câncer de mama, sendo dois terços em idade considerada prematura (30 a 69 anos). Já o câncer de colo do útero provocou 92 mil óbitos, dos quais quase 74% também em mulheres mais jovens.

Embora as mulheres brancas apresentem as maiores taxas absolutas de mortalidade por câncer de mama, o crescimento foi mais acentuado entre pardas (alta de 43,7%) e indígenas, cuja taxa praticamente triplicou em 14 anos. No caso do colo do útero, as indígenas apresentam os índices mais altos, chegando a números duas vezes maiores que os das brancas em determinados anos. Entre as pardas, houve aumento de quase 23% nos óbitos prematuros.

“Mesmo com avanços marcantes no tratamento, ainda enfrentamos desafios sérios no acesso ao diagnóstico e ao início rápido do tratamento. Esse levantamento mostra quanto precisamos avançar em pontos básicos, como garantir que uma mulher faça a mamografia ou o preventivo na idade indicada. E, mais do que isso, que consiga atendimento rápido quando o resultado vem alterado”, explica o oncologista clínico Daniel Musse, membro titular das sociedades de oncologia do Brasil, EUA e Europa, os dados reforçam a urgência de políticas públicas efetivas.

O Ministério da Saúde anunciou medidas como a expansão do rastreamento organizado do câncer de mama, a distribuição do autoteste de HPV DNA, já disponível em 14 cidades brasileiras, e o fortalecimento da atenção primária para agilizar diagnóstico e tratamento. As ações se alinham às metas da OMS para 2030, que incluem vacinar 90% das meninas contra HPV até os 15 anos e rastrear 70% das mulheres aos 35 e 45 anos.

“Pelo lado clínico, sabemos que semanas fazem diferença. Reduzir essa espera é fundamental, e é nisso que pensamos diariamente junto às autoridades de saúde”, completa o oncologista.

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