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Morre o jornalista e escritor Luiz Maklouf Carvalho

Autor do livro 'O Cadete e o Capitão', que conta a trajetória de Bolsonaro no Exército, teve complicações no quadro de câncer no pulmão. Ele tinha 67 anos

Por Da Redação Atualizado em 16 Maio 2020, 19h49 - Publicado em 16 Maio 2020, 12h12

Morreu neste sábado, 16, o jornalista e escritor Luiz Maklouf Carvalho, vítima de um agravamento de um quadro de câncer no pulmão. Repórter do jornal O Estado de S. Paulo, Maklouf foi autor do livro O Cadete e o Capitão, que reconstitui a trajetória do presidente Jair Bolsonaro no Exército. O jornalista tinha 67 anos.

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará, Luiz Maklouf Carvalho se mudou para São Paulo em 1983. O jornalista e escritor também é autor de Mulheres que Foram à Luta Armada, vencedor do Prêmio Jabuti de Reportagem de 1999, com história de guerrilheiras que lutaram contra o regime militar (1964-1984).

Em O Cadete e o Capitão, Maklouf faz uma detalhada reconstituição histórica de anos cruciais para entender como um capitão do Exército chegou a comandante supremo das Forças Armadas. A história do livro está ligada a VEJA.

Em 1986, Bolsonaro publicou na revista um texto em que reclamava melhores soldos para os companheiros de farda. “O artigo tinha sete parágrafos e era um petardo, até então inédito, de um oficial da ativa contra autoridades militares e o governo Sarney”, relatou Maklouf. O texto terminava com um bordão que o capitão repetiria mais tarde, como candidato do PSL: “Brasil acima de tudo” (Deus ainda não era mencionado). Custou-lhe quinze dias de prisão.

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No ano seguinte, em outubro, a postura sindical de Bolsonaro extrapolou para a de rebelde disposto a explodir instalações militares e a adutora, em uma operação batizada de Beco sem Saída. No apartamento do amigo Fábio Passos, Bolsonaro detalhou o plano à repórter de VEJA Cassia Maria. O plano previa, em suas palavras, a “explosão de algumas espoletas”, que não fariam vítimas — tudo para chamar atenção para suas reivindicações salariais.

Na defesa por escrito ao comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (Esao), coronel Ary Schittini Mesquita, Bolsonaro dizia desconhecer o plano. Só não negou, conforme assinalou Maklouf, as ofensas que dirigira ao então ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves, chamado de “incompetente” e “racista” e comparado a Pinochet. O general, no entanto, deu crédito ao capitão insubordinado.

O velório de Luiz Maklouf Carvalho acontecerá no cemitério de Vila Mariana às 15h deste sábado. O enterro será às 16h. O escritor e jornalista deixa a mulher, três filhos e três netos.

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