Morre, aos 88, o sambista Monarco, presidente de honra da Portela
Hildemar Diniz, o Monarco, dedicou mais de 70 anos à música; compositor entrou para a história como um dos grandes nomes do samba

O mundo do samba chora a perda de um de seus expoentes mais ilustres. Presidente de honra da Portela, Hildemar Diniz, o mestre Monarco, faleceu neste sábado, 11, aos 88 anos — foram mais de sete décadas dedicadas à música. O sambista estava internado desde novembro no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde passou por cirurgia no intestino e não resistiu às complicações.
Integrante mais antigo da Velha Guarda da escola de samba de Madureira, Monarco consagrou-se como uma referência da Marquês de Sapucaí ao lado de nomes como Paulinho da Viola e Clara Nunes. Ainda jovem, mudou-se para Oswaldo Cruz, bairro de origem da Portela, onde começou a compor sambas. Tamanho talento fez com que ele, com apenas 17 anos, despontasse à Ala de Compositores da escola. Ao todo, Monarco lançou seis álbuns no mercado fonográfico e acumulou participações ao lado de grandes estrelas da música brasileira, como Marisa Monte, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, dentre outros. Em 2019, o álbum “De Todos os Tempos” concorreu ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode.
Em nota, a Portela lamentou a morte de seu presidente de honra e afirmou que o compositor deixa “esposa, filho, netos e uma legião de fãs e admiradores”. Um dia antes de falecer, na sexta-feira 10, Monarco foi homenageado na inauguração da Sala de Troféus da escola de samba. O espaço leva seu nome. O velório será neste domingo, 12, na quadra da Portela.