Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

Morador do Alemão vai ao STF contra Bolsonaro por mentiras sobre ‘CPX’

Administrador pede, na ação, que o presidente da República seja condenado por caluniar moradores do complexo com falas sobre crime organizado

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2022, 08h45 - Publicado em 25 out 2022, 08h30

Morador do Complexo do Alemão, no Rio, o administrador João Pedro de Souza Silva acionou Jair Bolsonaro no STF por crime de injúria. A queixa-crime é relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

No texto, Silva sustenta que Bolsonaro cometeu crime ao associar indevidamente a sigla “CPX” – que, na verdade, representa a expressão “Complexo de Favelas” – diretamente a traficantes e ao crime organizado é uma grave ofensa à reputação dos moradores do Complexo do Alemão.

“Em 12 de outubro de 2022, durante um evento realizado no Complexo do Alemão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu trajando um boné com a sigla ‘CPX’, um presente de René Silva – fundador do jornal Voz das Comunidades e articulador da caminhada que aconteceu no Complexo do Alemão. O boné, na verdade, é a abreviação da expressão ‘Complexo de Favelas’, sendo utilizado inclusive por autoridade em redes sociais e documentos oficiais para se referir à região”, diz Silva na ação.

“No entanto, os apoiadores do querelado começaram a divulgar mensagens associando indevidamente a sigla CPX a traficantes e ao crime organizado – o que, obviamente, ofende a reputação dos moradores do Complexo do Alemão”, segue Silva.

O morador do Alemão também cita a fala de Bolsonaro no debate da Band, quando disse a Lula que ele havia participado de uma agenda com moradores do complexo de favelas sem a presença de policiais, onde “só tinha traficante”.

Continua após a publicidade

“Ressalte-se que o presidente, apesar de afirmar que conhece o Rio de Janeiro, confundiu o Complexo do Salgueiro com o Complexo do Alemão – onde de fato foi realizado o evento ao qual ele se referia. Mas o pior de tudo foi que, mesmo depois de ter tido tempo suficiente para se informar sobre o real significado de ‘CPX’, o querelado continuou desqualificando durante o debate todos os moradores e participantes do ato realizado na agenda de campanha do candidato Lula, afirmando que ao lado dele só havia ‘traficante’”, diz a queixa-crime de Silva.

“Não há como deixar de ressaltar, igualmente, que, por conta de discursos preconceituosos e, porque não dizer, criminosos, como o proferido pelo querelado, os moradores da periferia, especialmente das favelas do Rio de Janeiro, têm que provar diariamente sua inocência para além dos muros da comunidade, já que são obrigados a andar com nota fiscal dos produtos que carreguem como celulares, tablets, bicicletas…”, diz Silva.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.