Macarrão entrega Bruno e revela detalhes da morte de Eliza
Luiz Henrique Ferreira Romão passa, da condição de melhor amigo do goleiro à de delator do crime. Versão apresentada durante a madrugada aos jurados põe Bruno como mentor do assassinato e ele, Macarrão, como mero motorista
Por Leslie Leitão, Marcelo Sperandio e Pâmela Oliveira
22 nov 2012, 03h19
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
Continua após publicidade
1/81 Clima no plenário do Fórum de Contagem esquentou durante depoimento do delegado aposentado Edson Moreira (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
2/81 Durante depoimento do delegado Edson Moreira, Bola (à dir.) faz anotações (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
3/81 Delegado Edson Moreira, que coordenou a investigação sobre a morte de Eliza Samudio, é ouvido como testemunha no júri de Bola (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
4/81 Bola conversa com um dos seus onze advogados de defesa (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
5/81 O detento Jailson Oliveira presta depoimento acompanhado por um policial (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
6/81 Parte da equipe de advogados do ex-policial Bola (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
7/81 Bola se senta no banco dos reús no primeiro dia de seu julgamento, em Minas Gerais (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
8/81 Bola se senta no banco dos reús no primeiro dia de seu julgamento, em Minas Gerais (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
9/81 Bola se senta no banco dos reús no primeiro dia de seu julgamento, em Minas Gerais (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
10/81 Bola se senta no banco dos reús no primeiro dia de seu julgamento, em Minas Gerais (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
11/81 Bola se senta em frente à juíza Marixa Fabiane, no Fórum de Contagem (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
12/81 Ércio Quaresma (à esq.) comanda a defesa do ex-policial Bola (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
13/81 O promotor Henry Castro e a juíza Marixa Fabiane no júri do ex-policial Bola (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
14/81 Henry Castro, promotor do Caso Bruno (Marcelo Albert/TJMG/VEJA)
15/81 Henry Castro, promotor do Caso Bruno (Marcelo Albert/TJMG/VEJA)
16/81 Henry Castro, promotor do Caso Bruno (Marcelo Albert/TJMG/VEJA)
17/81 Juíza Marixa Fabiane ouve Bruno no terceiro dia de julgamento, em Contagem (Renata Caldeira / TJMG/VEJA)
18/81 No terceiro dia de Tribunal de Júri, Bruno chora ao depor (Renata Caldeira / TJMG/VEJA)
19/81 Goleiro Bruno chora em depoimento à juíza Marixa Fabiane (Renata Caldeira / TJMG/VEJA)
20/81 O ex-goleiro Bruno e seus advogados, Lúcio Adolfo e Thiago Lenoir no Fórum de Contagem, em 06/03/2013 (Cristiane Mattos/FuturaPress/VEJA)
21/81 Chegou a hora do julgamento do goleiro Bruno (VEJA/VEJA)
22/81 Goleiro Bruno entre os advogados de defesa (Marcelo Albert/TJMG/VEJA)
23/81 Goleiro Bruno e Dayanne no segundo dia do julgamento (Renata Caldeira / TJMG/VEJA)
24/81 Goleiro Bruno beija a prima Célia Rosa Sales, que depôs no julgamento (Renata Caldeira / TJMG/VEJA)
25/81 O ex-goleiro Bruno e seu advogado, Lucio Adolfo, no fórum de Contagem, em 05/03/2013 (Douglas Magno/O tempo/Futurapress/VEJA)
26/81 Jorge Luiz Rosa Sales dá entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, na noite de domingo: contradições e revelações sobre o envolvimento do goleiro Bruno no caso (Reprodução/VEJA)
27/81 Bruno será levado (de novo) a júri popular em março (Alexandre Brum/Ag. O Dia/VEJA)
28/81 Macarrão no banco dos réus durante o quinto dia de julgamento (Vagner Antônio/TJMG/VEJA)
29/81 Macarrão prossegue depoimento durante o quarto dia de julgamento (Renata Caldeira/TJMG/VEJA)
30/81 Macarrão no banco dos réus para o terceiro dia de julgamento (Thiago Chaves/Estadão Conteúdo/VEJA)
31/81 Macarrão revelou detalhes do desaparecimento de Eliza Samudio no julgamento (Divulgação/Vagner Antônio/TJMG/VEJA)
32/81 Tiago Lenoir e Adolfo Lúcio, advogados do goleiro Bruno (Alex de Jesus/Estadão Conteúdo/VEJA)
33/81 Terceiro dia do julgamento do caso Eliza Samudio realizado no Fórum de Contagem, Minas Gerais (TJMG/VEJA)
34/81 Goleiro Bruno beija a noiva Ingrid Calheiros na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais (TJMG/VEJA)
35/81 Bruno, Luiz Henrique Romão e Dayanne Rodrigues do Carmo na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais (Reuters/VEJA)
36/81 Goleiro Bruno na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais durante o julgamento sobre o assassinato de Eliza Samudio (TJMG/VEJA)
37/81 Goleiro Bruno na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais durante o julgamento sobre o assassinato de Eliza Samudio (TJMG/VEJA)
38/81 Bruno e Dayanne Rodrigues do Carmo na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais durante o julgamento sobre o assassinato de Eliza Samudio (Juliana Flister/Reuters/VEJA)
39/81 Goleiro Bruno na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais durante o julgamento sobre o assassinato de Eliza Samudio (TJMG/VEJA)
40/81 Goleiro Bruno na sala de audiência do Fórum de Contagem, Minas Gerais durante o 2° dia de julgamento (Pedro Vilela/Futurapress/VEJA)
41/81 Bruno chega ao Fórum de Contagem para o segundo dia de julgamento (Reprodução TV/VEJA)
42/81 Movimentação na sala de audiência do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, para o julgamento do ex-goleiro Bruno (Pedro Vilela/Agência I7/Estadão Conteúdo/VEJA)
43/81 Luiz Henrique Romão, o Macarrão, chega ao fórum, onde será julgado (Alexandre Brum/Ag. O Dia/VEJA)
44/81 Jose Arteiro, advogado da familia de Eliza (João Miranda/O Tempo/Estadão Conteúdo/VEJA)
45/81 A dona de casa Sônia de Fátima Moura, mãe de Eliza Samudio, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em MG (João Miranda/O Tempo/Estadão Conteúdo/VEJA)
46/81 Ercio Quaresma, um dos advogados do acusado Marcos Aparecido dos Santos, o Bola (João Miranda/O Tempo/Estadão Conteúdo/VEJA)
47/81 Ingrid Calheiros, atual mulher do goleiro Bruno, no Fórum de Contagem (Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo/VEJA)
48/81 Rui Pimenta, advogado do goleiro Bruno, na sala de audiência do Fórum, em Contagem (Eugenio Moraes/Hoje em Dia/Estadão Conteúdo/VEJA)
49/81 Dayanne Rodrigues do Carmo, ex-mulher de Bruno, acusada de sequestro e cárcere privado, chega ao fórum (João Miranda/O Tempo/Estadão Conteúdo/VEJA)
50/81 A juiza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues na sala de audiência do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (Pedro Vilela/Agência I7/Estadão Conteúdo/VEJA)
51/81 Populares realizam manifestação em frente ao fórum de Contagem, Minas Gerais antes do início do julgamento do goleiro Bruno e outros 4 acusados de sequestro e assassinato de Eliza Samudio (Flavio Tavares/Futurapress/VEJA)
52/81 Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno, está desaparecida desde o início de junho (Marcelo Theobald / O Globo/VEJA)
53/81
PLANO B - Na carta interceptada, Bruno convoca o comparsa Macarrão a “ficar aqui” e livrá-lo da condenação pela morte de Eliza: três vezes “Me perdoe” (Alex de Jesus/O Tempo: Mercelo Theobald/Extra/Ag. Globo/VEJA)
54/81 Luiz Henrique, o Macarrão, o goleiro Bruno, e Marcos Paulista, fichados pela polícia de Minas (Divulgação/VEJA)
55/81 Sérgio Rosa Sales é conduzido por policiais da carceragem para a sala onde acontece a acareação, em Belo Horizonte. (AE/VEJA)
56/81 Primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, com uniforme laranja, orienta policiais durante a perícia feita na última noite, no sítio do jogador em Esmeraldas. (AE/VEJA)
57/81 Sérgio Rosa Sales, de uniforme vermelho, é conduzido por policiais: primo do jogador Bruno mudou versão de depoimento e, agora, diz que o goleiro não foi ao local da execução de Eliza Samudio. (AE/VEJA)
58/81 A ex-mulher do goleiro Bruno, Dayanne de Souza, é a primeira a depor. Alem dela, devem prestar depoimento Wemerson Marques de Souza (o Coxinha), Elenilson Vitor, Sergio Rosa Sales e Flavio Caetano Araujo (Eugenio Moraes / Ag. O Globo/VEJA)
59/81 AMOR VERDADEIRO - Macarrão, o fiel escudeiro: peça fundamental do plano para tirar de uma vez por todas Eliza do caminho de Bruno, o seu “Tigrão”, a quem dedicou uma tatuagem horas antes de sequestrá-la na frente de um hotel na Barra da Tijuca (Fabiano Rocha/Ag. Globo/VEJA)
60/81 O goleiro Bruno, chegando no Departamento de Investigações, em Belo Horizonte, em 09/07/2010 (André Mourão/Agência O Dia/VEJA)
61/81
EM CENA - Um executou, o outro assistiu: os depoimentos de Jorge Luiz (de rosto coberto, por ser menor de idade na época), primo de Bruno que assistiu ao assassinato, incriminaram o ex-policial Bola, matador de aluguel que asfixiou Eliza na sua própria casa (Pedro Silveira/O Tempo/Folhapress e Cristiano Trad/AE/VEJA)
62/81 VENDE-SE - O sítio de onde Eliza saiu para a morte: ninguém se interessou por comprar a propriedade de Bruno. Ali, enquanto a amante ficava trancada em um quarto, o goleiro oferecia um churrasco no quintal, local em que, dois dias depois, queimaria as roupas da moça (José Patrício/AE/VEJA)
63/81 Ex-amante do goleiro Bruno Eliza com Bruninho no colo (VEJA.com/VEJA)
64/81 Fotos do filho de Eliza Samudio e do goleiro Bruno, em álbum encontrado pela polícia no sítio do goleiro (Agência Folha/VEJA)
65/81 Cães do Corpo de Bombeiros procuram vestígios do corpo de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno (AE/VEJA)
66/81 O goleiro Bruno Fernandes durante a comissão de Direitos Humanos, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Belo Horizonte (Alex de Jesus/O Tempo/Folhapress/VEJA)
67/81 O goleiro Bruno Fernandes e o policial Marcos Paulista, envolvidos na morte de Eliza Samudio (Agência Globo/VEJA)
68/81 Goleiro Bruno Fernandes chega ao Departamento de Investigações, em Belo Horizonte (José Patrício/Agência Estado) (VEJA.com/VEJA)
69/81 Camisa autografada pelo goleiro Bruno: 79 reais (Reprodução/VEJA)
70/81 Camisa do ex-goleiro Bruno em liquidação (VEJA.com/VEJA)
71/81 Goleiro Bruno volta aos treinamentos no Flamengo (Fábio Motta/AE/VEJA)
72/81 O Land Rover do goleiro Bruno, onde foram encontrados sangue de Eliza e de um homem: polícia rastreou uma série de endereços por onde o carro circulou no período em que Eliza esteve em cárcere privado. (Marcelo Theobaldo/Agência Globo/VEJA)
73/81 O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno (AE/VEJA)
74/81 Dayanne Souza: ex-mulher do goleiro Bruno, com quem ele ainda é casado oficialmente, fez revelações importantes à polícia mineira. (VEJA.com/VEJA)
75/81 O goleiro Bruno Fernandes passou mal e desmaiou por volta de 10h45 desta quarta-feira, pouco antes da audiência que deve ouvir 21 testemunhas no processo que corre em Contagem (MG) contra o jogador (Eugênio Moraes/Hoje em Dia/Folha/VEJA)
76/81 Eliza Samudio, 25, ex-amante do goleiro Bruno, do Flamengo (AE/VEJA)
77/81 Luís Carlos Samudio, pai da Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, com o filho do casal (FolhaPress/VEJA)
78/81 O delegado Edson Moreira, que preside a investigação do desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno (AE/VEJA)
79/81 Polícia Civil de MG e RJ na casa onde estariam restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, do Flamengo (Domingos Peixoto/Agência o Globo/VEJA)
80/81 Policiais civis deixam o condomínio do jogador Bruno, no Recreio dos Bandeirantes: menor encontrado na casa do goleiro é suspeito de ter participado da morte de Eliza Samudio (Carlos Moraes/Agência O DIA/AE/VEJA)
81/81 O chefe do Departamento de Investigações da polícia mineira, Edson Moreira, mostra a foto do ex-policial Marco Antônio Aparecido dos Santos, acusado de estrangular Eliza Samudio. (FolhaPress/VEJA)
Companheiro inseparável, fiel guardião do goleiro Bruno Fernandes, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, afirmou, por volta das 2 horas da madrugada desta quinta-feira, no Fórum de Contagem (MG), que o ex-jogador foi o mandante do assassinato de Eliza Samudio.
Depois de quase três horas relatando detalhes desde quando o jogador conheceu Eliza, passando pelo encontro com a jovem no Rio de Janeiro e a viagem para Minas Gerais, em junho de 2010, ele admitiu que, no dia do crime, o “patrão” o mandou entregar Eliza a um homem, em um local indicado perto da Toca da Raposa, na Pampulha, em Belo Horizonte. Foi a ordem para ela ser executada: “Eu estava pressentindo que eu ia levar ela para morrer”, disse Macarrão.
Pouco antes de iniciar a parte mais dura do relato, Macarrão pediu perdão a Sônia de Fátima Moura, mãe da vítima. Dizendo não saber se ela estava no plenário, afirmou: “Quero que saiba que, se eu soubesse que Eliza iria morrer, falaria tudo”, disse.
A expectativa de que Macarrão confessaria o crime – o “plano B” citado em uma carta revelada por VEJA em julho deste ano – se confirmou. Mas não exatamente como queria o goleiro. Esperava-se, no caso de uma confissão, que Macarrão livrasse o amigo e patrão. Mas o relato do réu tentou deixar Bruno como o dono das decisões sobre o destino de Eliza. E ele, Macarrão, apenas como o motorista que transportou Eliza até seu algoz.
O réu começou a revelar os fatos do dia 10 de junho, dia em que Eliza foi morta, contando que percebeu “um clima estranho” quando Bruno atendeu uma pessoa ao telefone. Bruno pedia para ele (Macarrão) levar Eliza para um ponto em frente à Toca da Raposa (Centro de Treinamento do Cruzeiro), na Pampulha. Ele deveria deixá-la com uma pessoa que a estaria esperando. “Eu falei: ‘Bruno, estou te falando como irmão, deixa essa ‘mina’ em paz. Cleiton (Gonçalves, morotista) já esteve preso, Jorjão (Jorge Luiz Lisboa Rosa) também”, contou.
“É comigo. Eu sou p…. Eu sou o Bruno”, teria reagido o goleiro. Já chorando no banco dos réus, Macarrão contou que entregou Eliza a uma pessoa em um Fiat Palio preto, mas não viu quem era o motorista. Em seguida, ele teria saído correndo com o carro – um Ecosport – e voltado ao sítio, onde conversou com Bruno. “Está tranquilo”, teria dito Bruno, tentando tranquilizá-lo.
Continua após a publicidade
Contradições – O promotor Henry Wagner foi o primeiro a dirigir perguntas, após as três horas e meia de depoimento do réu. Ao responder sobre quem teria sido prejudicado ou beneficiado com o sigilo que imperou no caso até hoje, Macarrão respondeu que ele próprio e “os meninos” foram prejudicados. E Bruno, o mandante, foi o beneficiado.
Henry Wagner desmentiu alguns pontos do depoimento do réu, buscando mostrar contradições. Macarrão afirmou, por exemplo, que só conheceu Bola dentro do presídio. No processo, no entanto, há o registro de seis telefonemas dele para o ex-policial no dia da morte de Eliza Samudio.
Macarrão fez vários desabafos. “Eu não sou homossexual. Eu tinha uma amizade e respeito muito grande por ele. Ele não ia falar, mas ele ia fazer essa tatuagem também. Eu fui muito humilhado dentro do sistema carcerário”, disse, aos prantos. Segundo Macarrão, a versão de que haveria um “amor homossexual” entre ele e Bruno foi inventada pelo advogado Rui Pimenta, destituído por Bruno na manhã de terça-feira.
“Eu guardei isso tudo dois anos, quatro meses e 22 dias. Não aguentava mais porque não sou esse monstro que todo mundo colocou, o traficante, o cara que acabou com a vida do Bruno. Se tem alguém que acabou com a vida de alguém, foi ele que acabou com a minha vida. Vou ser um arquivo vivo, vou ser X9. Minha família sofrendo, filha crescendo, tenho muito medo de perder tudo: minha mãe, meu pai e minhas filhas. Eu tenho medo de morrer”, disse.
Incerteza – A confissão parcial de Macarrão complicou o goleiro Bruno, acima de tudo. Ele será julgado com outros dois acusados em 4 de março, e responde por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado (12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Tem ainda o agravante de ser apontado como mandante dos crimes, o que pode estender a pena a mais de 30 anos. Para a condição de mandante, o depoimento de Macarrão foi o mais pesado até agora.
Mas há muito a ser esclarecido sobre o relato desta madrugada. Macarrão, pelo processo, é o personagem mais presente em todos os momentos do calvário de Eliza Samudio. Foi ele quem teria comandado, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, o sequestro de Eliza, em junho de 2010 – mas na versão apresentada ele teria encontrado casualmente com a jovem em um restaurante.
O “irmão”, “melhor amigo”, “amor eterno” de Bruno passou a ser, na madrugada desta quinta-feira, o pior inimigo dos principais réus. O depoimento de Macarrão durou cerca de cinco horas e estendeu o terceiro dia de julgamento até as 4h17 de quinta-feira. Se havia a esperança de que, isolando Bruno e Bola em outro julgamento, os dois teriam mais chances de absolvição, essa perspectiva foi invertida no júri em curso. Às 13h30 desta quinta, o julgamento será retomado com as declarações de Fernanda Castro, ex-namorada de Bruno.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês
Revista em Casa + Digital Completo
Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$ 2,99/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.