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Lula evita atrito com Castro e não condena operação no Rio; entenda motivo

Ciente de que a segurança pública é um tema que pode lhe custar a reeleição, petista prega trabalho conjunto sem criticar Cláudio Castro

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 out 2025, 10h23 - Publicado em 30 out 2025, 09h24

Quando os blindados das forças de segurança do Rio de Janeiro entraram no Complexo da Penha para cumprir 100 mandados contra criminosos do Comando Vermelho, Lula e a esquerda ainda viviam a euforia do giro pela Ásia, com as fotos sorridentes do petista com Donald Trump, e uma sensação de vitória sobre o clã Bolsonaro, que apostava nos Estados Unidos como instrumento para livrar Jair Bolsonaro da prisão. Na manhã de terça, em Brasília, discutia-se o fato de o STF ter marcado a data para analisar os recursos do ex-presidente antes de decretar sua prisão e o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses.

Era um momento, portanto, de pleno conforto ao presidente Lula, então seguro em seu discurso de defensor da democracia e da soberania nacional, do diálogo internacional e de outras ideias lançadas no discurso oficial do governo.

A guerra ao tráfico no Rio de Janeiro logo mobilizou a esquerda e a opinião pública para as cenas de barbárie nas comunidades. A condenação ao avanço da polícia foi imediata. Ao longo do dia, o governador do Rio, Cláudio Castro, deu entrevista cravando uma estaca no discurso do governo federal, ao dizer que o estado combatia sozinho o terror das facções fortemente armadas e que o governo petista não havia ajudado porque “segurança pública não é uma prioridade” no Planalto.

“Já entendemos haver uma política de não ceder. Disseram que precisa de uma Garantia de Lei e Ordem (GLO). Depois, disseram que poderiam emprestar e voltaram atrás, porque o servidor que opera o veículo é federal e deveria ter a GLO, enquanto o presidente é contra a GLO. Entendemos que a realidade é essa e não vamos ficar chorando pelos cantos”, disse Castro.

Maior preocupação dos brasileiros — e um ponto fraco da esquerda, que até hoje não sabe lidar com o tema –, a segurança pública tornou-se instantaneamente a pauta nacional. A tal “química” de Lula e Trump já não era tema mais urgente na conjuntura do país. O petismo e seus aliados logo resgataram a velha cartilha para condenar Castro e a ação policial no Rio.

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“O Rio de Janeiro viveu um dia de horror – e o responsável tem nome: Cláudio Castro. A política de segurança pública do seu governo é uma tragédia anunciada. Sem planejamento, sem inteligência, sem compromisso com a vida”, disse Jandira Feghali.

“Mais de 60 vidas foram perdidas no Rio de Janeiro em uma operação desastrosa para toda a população, inclusive para as forças de segurança, já que ao menos quatro policiais morreram”, disse Edinho Silva.

O governador do Rio de Janeiro politizou essa tragédia e disse que não recebeu ajuda do governo federal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que todas as vezes que o estado pediu a Força Nacional foi atendido. A PF fez diversas operações para combater o crime organizado”, seguiu Edinho.

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“Não é possível que alguém acredite que isso foi uma operação de sucesso”, disse Guilherme Boulos, o novo ministro de Lula.

“Não descarto que a operação de hoje no Rio de Janeiro tenha sido deflagrada com a intenção abjeta de tentar mudar a pauta da política nacional, disse Lindbergh Farias, batendo na ferida que realmente doeu.

Depois de o governo do Rio demonstrar que a ação foi planejada para empurrar criminosos ao “muro do Bope”, evitando morte de inocentes, e depois de a Polícia Federal admitir que o governo fluminense informou sobre a ação, mas a corporação optou por não se envolver, o jogo virou.

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Lula, que gosta de falar de tudo, até do que não deveria, como quando defendeu traficantes dizendo que eles eram vítimas de usuários, silenciou sobre a ação. Alertado por aliados de que não poderia errar novamente ao falar do combate ao crime, algo que fala alto nos desejos da sociedade cansada da marginalidade, da insegurança e dos discursos de burocratas.

No fim do dia, o petista divulgou um textinho nas redes sociais para falar do tema que mobiliza o país. Não criticou Castro, não disse que o governador mentiu ao dizer que a polícia atuou sozinha, não chamou a operação de desastre… O petista defendeu mais união entre seu governo e a gestão fluminense e atacou o crime.

“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, disse Lula, agora sob pressão na polarizada discussão sobre segurança pública.

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