Brasil

Lula diz que Belém é melhor que Berlim e provoca chanceler alemão: ‘Devia ter ido a um boteco’

Após participar da COP-30 e retornar à Alemanha, Friedrich Merz declarou que toda a sua comitiva 'ficou feliz ao deixar aquele lugar'

Por Bruno Caniato SEGUIR SEGUINDO 18 nov 2025, 15h03

Friedrich Merz e Lula — O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente Lula na Cúpula dos Líderes da COP30 (Mauro PIMENTEL/AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as críticas do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, sobre a visita ao Brasil durante a COP30. Nesta terça-feira, 18, o petista declarou que “Berlim não oferece pra ele 10% da qualidade que o Pará” e afirmou que o premiê alemão “devia ter ido a um boteco” durante a estadia em Belém.

“O primeiro ministro da Alemanha, esses dias, se queixou: ‘eu fui no Pará, mas eu voltei logo porque eu gosto mesmo é de Berlim’. Ele devia ter ido num buteco no Pará, dançado no Pará, provado a culinária do Pará, porque ele ia perceber que Berlim não oferece pra ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém”, declarou Lula. A fala ocorreu durante evento de inauguração da ponte sobre o Rio Araguaia, que liga os estados do Pará e Tocantins.

Mais cedo nesta terça, a primeira-dama, Janja da Silva, também havia se manifestado sobre as declarações de Merz. Segundo ela, o premiê alemão “não viveu a COP” e apenas “chegou aqui e entrou em uma sala com ar-condicionado”.

O cristão-democrata Merz fez a declaração durante seu discurso em evento da Confederação de Comércio alemã, na última quinta-feira, 13, em Berlim. “Nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. E perguntei a alguns jornalistas que estavam comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’”, disse Merz. “Ninguém levantou a mão.”

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Apesar das declarações de Merz, o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Carsten Schneider, sem citá-lo, fez uma publicação recentemente dizendo que o Brasil é “maravilhoso” e que brasileiros são um povo “acolhedor e bom anfitrião”. “Pena que não poderei ficar mais tempo após a COP. Teria algumas ideias, por exemplo, pescar com os meus amigos da Amazônia”, completou o ministro alemão.