Lista de eleitores da OAB-DF tinha 855 mortos, diz chapa de oposição
“Como podemos confiar nesta lista, em que até morto podia votar?”, questiona Cleber Lopes, candidato a presidente da seccional
Depois de denúncias de parentes de advogados falecidos, a comissão eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Distrito Federal fez um cruzamento de sua base com a Receita Federal e acabou retirando 855 mortos da lista de eleitores aptos a votar na disputa pela presidência da seccional. A ida às urnas será neste domingo, 17.
O criminalista Cleber Lopes, que concorre à presidência pela chapa verde, batizada de “A Ordem com mais voz”, afirma que, nos últimos dias, a comissão eleitoral publicou listas que variavam de 36.000 a 41.000 advogados aptos a votar. Na última eleição, em 2021, o primeiro e o segundo colocado ficaram separados por cerca de 3.000 votos. Em 2018, essa diferença foi de apenas 200 votos.
“É mais um exemplo da falta de gestão que impera na OAB-DF. E acabam manchando o nome e a história da Ordem. Como podemos confiar nesta lista, em que até morto podia votar?”, questiona Lopes.
Em setembro, todas as chapas de oposição apresentaram pedidos de impugnação depois de o atual presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, escolher o advogado Antonio Alberto do Vale Cerqueira, de quem foi padrinho de casamento, para comandar a comissão eleitoral. Os pedidos foram indeferidos pelos conselheiros da seccional, também escolhidos por Délio, com justificativas como erros de concordância verbal, pontuação e ortografia.