Lewis Hamilton e ‘Black Lives Matter’ lamentam morte de João Alberto
Movimento e piloto de Fórmula 1, que militam contra o racismo, apoiaram protestos no Brasil
O movimento “Black Lives Matter”, que luta contra o racismo nos Estados Unidos, e o piloto da Fórmula 1 Lewis Hamilton lamentaram a morte de João Alberto Silveira Freitas, negro de 40 anos espancado até a morte em Porto Alegre, e se solidarizaram com as manifestações antirracismo que ocorreram pelo país nesta sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra. A página do movimento também criticou o vice-presidente Hamilton Mourão que, ao comentar o caso, negou haver racismo no Brasil.
“O vice-presidente do Brasil diz que ‘racismo não existe no Brasil. Isso é algo que eles querem importar aqui’. Não aceitamos a resposta do vice-presidente nem o Carrefour”, escreveu o movimento, pedindo o boicote global da rede de supermercado onde ocorreu o homicídio. “Somos solidários às pessoas que protestam no Brasil depois que João Alberto Silveira Freitas, negro de 40 anos, foi assassinado pelo segurança do supermercado Carrefour, sendo um deles policial militar temporário de folga”, publicou.
Lewis Hamilton, na mesma linha, se disse devastado com “outra vida negra perdida”. “Ainda está acontecendo e nós temos que lutar para que isso não continue. Estou mandando todos os meus sentimentos e minhas orações para o Brasil. Descanse em paz, João Alberto Silveira Freitas.” Hamilton se tornou uma das principais vozes globais contra o racismo, principalmente dentro da categoria de automobilismo.
A morte de João Alberto provocou revolta e protestos em todo o Brasil. Em Porto Alegre, cerca de 2 500 pessoas se reuniram em frente ao Carrefour. Em São Paulo, manifestantes invadiram uma loja do supermercado dentro de um shopping na Avenida Paulista, quebraram o portão de ferro e a fachada de vidro do mercado, jogaram pedras e depredaram. Não houve saque. Houve ainda registros de manifestações em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.