Lewandowski diz que cabe a Lula decidir sobre GLO no Rio se houver pedido
Ministro volta a dizer que, para haver intervenção, governador precisaria reconhecer ‘incapacidade’ de forças locais combaterem ameaça à segurança pública
O ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) afirmou que a hipótese de decretar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro não foi abordada na reunião com o presidente Lula no Palácio da Alvorada por não ter havido um pedido formal do governador do estado, Cláudio Castro (PL).
Lula convocou Lewandowski, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e ministros como Anielle Franco (Igualdade Racial), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Rui Costa (Casa Civil) para avaliar a megaoperação policial das forças do Rio na véspera, que resultou em mais de 120 mortes.
Lewandowski explicou que, segundo a lei que rege a GLO, o governador precisaria reconhecer a “incapacidade das forças locais de enfrentarem essa turbulência, essa agitação, essa ameaça à segurança pública”.
“É algo extremamente complexo, uma medida excepcionalíssima em que as Forças Armadas, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica acabam tomando conta da operação. As forças locais ficam subordinadas ao comando das Forças Armadas, especificamente do Ministério da Defesa, e todas as ações passam a ser submetidas não à Justiça ordinária comum, mas, sim, à Justiça militar”, declarou.
Em um contraponto com o número de mortes da operação ordenada por Castro, de longe a mais letal da história do Rio, Lewandowski insistiu que, na visão do governo Lula, o enfrentamento ao crime organizado – que está “altamente sofisticado” – se faz com “inteligência, planejamento e coordenação de ações das diversas forças”.
“Nós acreditamos no governo federal que não basta força bruta, força física”, declarou, retomando a defesa do avanço da PEC da Segurança Pública no Congresso.
Ele lembrou de “inúmeras operações” da PF nos últimos anos, com “inúmeras prisões, inúmeras arrecadações de dinheiro, de armas, de drogas e, sempre, de forma discreta, sem nenhum ferido, sem nenhuma morte”.
“Fizemos uma megaoperação agora em São Paulo, a Carbono Oculto, em que descobrimos a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis, mas, também, seu espraiamento para o setor financeiro. Isso foi feito com muita técnica, sem o disparo de um tiro”, disse o ministro.
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