
Symmy Larrat, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), disse que a entidade repudia a decisão da Justiça e a considera um equívoco (VEJA.com/VEJA.com)
A Justiça Federal do Distrito Federal permitiu, em caráter liminar, que psicólogos possam tratar gays e lésbicas como doentes e possam fazer terapias de “reversão sexual” sem sofrer nenhum tipo de censura por parte do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Esse tipo de tratamento é proibido por meio de uma resolução editada pelo CFP em 1999, já que desde 1990 a homossexualidade deixou de ser considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O CFP vai recorrer às instâncias superiores.
Na decisão, o juiz Waldemar Cláudio de Carvalho acata parcialmente o pedido de liminar da ação popular que requeria a suspensão da resolução 01/1999, na qual são estabelecidas as normas de conduta dos psicólogos no tratamento de questões envolvendo orientação sexual. O juiz mantém a resolução, mas determina que o Conselho Federal de Psicologia não impeça os psicólogos de promover estudos ou atendimento profissional, de forma reservada, pertinente à reorientação sexual, sem nenhuma possibilidade de censura ou necessidade de licença prévia.

– (Reprodução/VEJA.com)
Pedro Paulo Bicalho, diretor do CFP e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), disse que a classe considera essa decisão um retrocesso sem precedentes. “O juiz mantém a resolução em vigor, mas descaracteriza o princípio ético da resolução. Mais do que isso. Ele pede que o Conselho interprete a resolução de outra forma. Mas somente a psicologia pode dizer como devemos interpretar uma resolução, e não o direito. Da forma como foi colocado, abre um precedente perigoso”, avalia Bicalho.
De acordo com ele, essa resolução foi elaborada pela própria categoria e serve como embasamento para julgamentos de práticas profissionais consideradas antiéticas. “Essa resolução tem servido como garantia de direitos da população LGBT. Ela é referência mundial e está traduzida em três línguas. Vamos recorrer até a última instância, se for necessário”, afirma Bicalho.
O Brasil tem cerca de 300.000 psicólogos e até hoje apenas três profissionais foram julgados pela prática de “reversão sexual”. Nenhum foi cassado.
Symmy Larrat, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), disse que a entidade repudia a decisão da Justiça e a considera um equivoco ao querer determinar como o CFP deve agir, referente a uma resolução da categoria.
“Para nós, LGBT, esta decisão nos coloca de volta num cenário onde homossexuais eram tratados como doentes e torturados. Sabemos que há práticas de tortura psicológica e até exorcismos sendo cometidos contra jovens homossexuais e esta decisão reforça este tipo de situação. Infelizmente a homofobia está internalizada no Judiciário também, mas acreditamos que o Superior Tribunal Federal não permitirá que isso ocorra”, afirmou Larrat.
‘Cura gay’
A decisão da Justiça Federal permite algo que um PDC (Projeto de Decreto Legislativo) pretendia conseguir. Em 2011, o deputado federal do PSDB de Goiás, João Campos, protocolou na Câmara dos Deputados um PDC para suspender a resolução do Conselho Federal de Psicologia, o que ficou conhecido como projeto da “cura gay”.
Dois anos depois e sob muitos protestos, o projeto foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, mas após quinze dias o próprio autor fez um requerimento pedindo o cancelamento da tramitação de sua proposta. O PSOL, do deputado federal Jean Wyllys, pede mais do que o arquivamento da proposta: quer que ela não possa ser reapresentada. Dois dias depois, um novo projeto de suspensão da resolução foi apresentado, e imediatamente rejeitado.
kskskskskkssk krl, sempre soube
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A questão não é se é doença ou não, mas o ser humano que pedir ajuda, se a pessoa não quer ser homossexual mais ou tem tendência mas não quer, ele deve sim pedir ajuda!!! Que mal há nisso?!?!
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Ceis tão de brincadeira , vcs que tão doente
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Mó fita errada
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A resolução do concelho de psicologia do país proibia qualquer terapia, investigação científica ou estudo se homossexualidade poderia ser reorientação . Uma decisão ideológica sem base na ciência que impedia até quem queria fazer a reorientação de fazer oque o juiz fez foi só derrubar uma decisão tirana que atrapalhava os psicólogos e pacientes de terem a liberdade de escolher como lidar com as dores individuais e desejos de seus pacientes. Porque existe uma dor emocional que não podia ser tratada conforme o desejo de cada paciente. Homossexualidade não é doença mas a dor que a a pessoa possa estar passando é doença que pode vir a trazer o suicídio e essa dor tem que ser livre para ser tratada como o paciente achar melhor e não oque o concelho e a ideologia não científica mas filosófica deles quer atrapalhar
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Viram?
Eu falei que a mídia já está dominada…
Censuraram meu post…
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SE eu quiser ser tratado porque me considero doente, por ser homossexual? é um direito que me assiste. Psicólogos que entendem assim, podem ajudar-me. Qual o problema? A verdade absoluta não cabe neste tema. Ou cabe para alguns?
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Já pensou o Pabllo transformado em macho alfa. A esperança é a última que morre.
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A Justiça está correta. O paciente tem o direito de se tratar se acha que precisa. O profissional tem o direito de atuar na área que se capacitou. Essa minoria acha que pode subjugar a todos. #Bolsonaro2018 pra nos libertar.
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O Laerte pode virar Lady Sônia (existem nomes melhores), mas o Wyllys virar macho alfa (com o nome de Pabllo, por exemplo) não pode? Puro preconceito.
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