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Joias de Sérgio Cabral são vendidas em leilão por 4,6 milhões de reais

Pedras preciosas faziam parte dos bens que o ex-governador do Rio de Janeiro mantinha no exterior em nome de doleiros

Por Cássio Bruno Atualizado em 29 jul 2020, 18h04 - Publicado em 29 jul 2020, 17h47

As joias do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, preso na Operação Lava Jato, foram arrematadas nesta quarta-feira, 29, por 4,6 milhões de reais à vista. Todas as 20 peças, incluindo 15 diamantes e cinco barras de ouro, receberam ofertas. A avaliação total dos itens era de 3,8 milhões de reais. O pregão foi autorizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública e conduzido on-line pela De Paula Leilões.

A peça vendida de maior valor foi um diamante com 4,06 quilates: 335 mil reais. Uma pedra, também de diamante com 4,57 quilates, saiu por 316 mil reais. As 20 joias de Cabral receberam 757 lances. Uma delas conseguiu 62 propostas. O dinheiro arrecadado voltará aos cofres públicos, sendo destinado para equipar as polícias e ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad).

JOIAS – SERGIO CABRAL – LEILÃO
As joias de Cabral arrematadas em leilão (Reprodução/VEJA.com)

As pedras preciosas fazem parte dos valores que Sérgio Cabral mantinha no exterior em nome dos doleiros e irmãos Renato e Marcelo Chebar. Elas foram compradas com o objetivo de ocultar o dinheiro da corrupção do ex-governador. Cabral já teve a mansão em Mangaratiba, cidade da Costa Verde do estado, leiloada por R$ 6,4 milhões.

As barras de ouro foram compradas, em 2011, e os diamantes, em 2016. As joias estavam guardadas em dois cofres na Suíça. Cabral confessou ser o dono das joias ao fazer um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.

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Cabral está preso desde novembro de 2016 em Bangu 8, na Zona Oeste da capital. O ex-governador é réu em 31 ações penais e já foi condenado em 13 processos. Na última segunda-feira, 28, a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, mandou arquivar três inquéritos abertos com base no acordo de delação premiada fechado pela Polícia Federal com Cabral. Os alvos são ministros do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Contas da União.

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