Intervenção: VEJA divulga dados diários sobre a violência no Rio
Ação federal no estado do Rio de Janeiro foi decretada por Temer no dia 16 de fevereiro
VEJA publica a partir desta segunda-feira, 12 de março, um compilado de dados sobre criminalidade no Rio de Janeiro, estado onde a segurança pública está sob intervenção federal desde 16 de fevereiro.
Esse tipo de ação federal em um estado da União é inédito na história do Brasil desde a redemocratização. O general Walter Braga Netto comanda as polícias Civil e Militar do Rio e tem cerca de 30.000 homens das Forças Armadas à sua disposição para a tarefa.
O presidente Michel Temer decretou a medida em 16 de fevereiro, depois de um Carnaval marcado por arrastões, assaltos e tiroteios – que evidenciaram ainda mais a inépcia das autoridades estaduais no combate à criminalidade. Marcada pelo improviso, porém, a decisão também sugere cálculo político. Com a intervenção, o governo espera que a popularidade dos militares ajude a elevar o baixo nível de aprovação do presidente.
Na home (página principal) de VEJA, um gráfico mostra a contabilização feita dia a dia a partir de casos que vieram a público. A princípio, serão calculados os casos de “crianças mortas” (vítimas de até 11 anos); “militares mortos”; “tiroteios”; “rebeliões em presídios” e “arrastões”, os roubos coletivos com grande impacto e comumente associados a outros crimes.
Não é possível publicar diariamente estatísticas oficiais, pois o Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão responsável por compilar as informações no estado, divulga apenas balanços mensais.
Como os casos noticiados são uma fração do total, eles não são comparáveis com aqueles divulgados antes do início da intervenção. Isso poderá ser feito dentro de alguns meses, com números consolidados e uma margem mais ampla de amostragem.