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Instituto Lula culpa ex-presidente Michel Temer por início das fraudes no INSS

Engrenagem, no entanto, começou a ser montada ainda no governo da petista Dilma Rousseff

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2025, 11h06 - Publicado em 20 Maio 2025, 10h38

O Instituto Lula, que pertence ao presidente da República, divulgou nota informando que a fraude no INSS começou na gestão do presidente Michel Temer, que governou o Brasil a partir de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff. Na mesma nota, Lula ressalta que a fraude passou a ser investigada no seu mandato.

Essa é a estratégia que o atual governo pretende adotar caso o Congresso instale uma CPMI para investigar o golpe contra os aposentados. “Tudo começou com ‘facilidades’ criadas por Michel Temer, em 2016 – após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. Uma transformação digital iniciada em 2017, ocorreu sem o devido aperfeiçoamento dos controles internos por parte do governo golpista”, diz a nota.

A mesma nota reproduz uma frase do presidente da República, acusando Jair Bolsonaro. “Estamos desmontando uma quadrilha que foi criada em 2019, e vocês sabem quem governava o Brasil em 2019. Vocês sabem quem era Ministro da Previdência em 2019, quem era chefe da Casa Civil em 2019. A gente poderia ter feito um show de pirotecnia. Mas a gente não quer uma manchete de jornal. A gente quer apurar. E aquelas entidades que roubaram vão ter seus bens congelados. Desses bens vamos repatriar o dinheiro para que a gente possa pagar as pessoas”, ressaltou Lula.

O Instituto Lula também tenta reforçar que coube a atual gestão a descoberta das fraudes. “Somente com Lula começou a ser investigada. Após inquérito aberto pela Polícia Federal (PF), milhares de aposentados receberão seu dinheiro de volta graças às medidas determinadas por Lula”, diz a nota do Instituto.

Esquema começou a ser montado no governo Dilma

A investigação não foi uma iniciativa do governo. Pelo contrário. Informado sobre as fraudes, o Ministério da Previdência nada fez para coibi-la. Coube à Polícia Federal e à Controladoria-Geral da União (CGU) – instados por denúncias publicadas pela imprensa – a apuração do caso.

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Conforme mostrou VEJA desta semana, depois de revelado o escândalo, o governo Lula chamou de volta a procuradora Márcia Eliza Souza para a direção de benefícios do INSS. Em 2019, ela conseguiu enfrentar as associações que impunham cobranças indevidas aos aposentados do INSS, cobrando a devolução do dinheiro e suspendendo acordos de cooperação com a autarquia.

Em maio daquele ano, Maria Elisa suspendeu por 60 dias os descontos realizados por uma das associações em função do volume considerável de reclamações que o INSS recebeu, o que gerou a abertura de um inquérito do Ministério Público de São Paulo.

Diante da ação do INSS, as associações tiveram de dar explicações ao Ministério Público sobre o esquema de arrecadação. Uma das pessoas ouvidas na época foi o sindicalista Canindé Pegado, da CGT, responsável pelo acordo da Centrape com o INSS, assinado em dezembro de 2015, durante o governo Dilma Rousseff – documento que, na sequência, permitiu à entidade descontar ilegalmente mensalidades das pensões dos aposentados.

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