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Iniciada há 14 anos, construção do novo Museu da Imagem e do Som caminha para reta final

Abertura do MIS, na orla de Copacabana, é prevista pelo governo do estado para janeiro de 2026

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2025, 17h52 - Publicado em 7 Maio 2025, 15h44

Novela que se arrasta no Rio desde 2011, a nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), em construção na Avenida Atlântica, em Copacabana, caminha para ser, finalmente, aberta à população. O secretário estadual da Casa Civil, Nicola Miccione, afirmou a VEJA que o plano do governo é em janeiro de 2026 promover um “soft opening” do MIS, cujas obras foram suspensas em 2016 e retomadas somente em 2021, na gestão do governador Cláudio Castro (PL). Ontem, terça-feira, 06, os primeiros equipamentos do sistema de climatização chegaram ao local. Os aparelhos de ar-condicionado precisaram ser içados por dois caminhões guindastes.

As intervenções atuais são acompanhadas por técnicos da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (SEIOP) e do Consórcio Copacabana, responsável pela parte interna do MIS. A instituição, que data de 1965, abriga um acervo majoritariamente multimídia, cheio de preciosidades. Ele reúne 30 coleções particulares com fotos, discos, filmes, vídeos, instrumentos e documentos, que somam mais de 300 mil itens. Também pertencem ao museu cerca de 18 mil discos da Rádio Nacional e as coleções do radialista Almirante, dos músicos Abel Ferreira e Jacob do Bandolim, dos pesquisadores de música Sérgio Cabral e Herminio Bello de Carvalho, e de intérpretes como as irmãs Linda e Dircinha Batista, Nara Leão, Elizeth Cardoso e Zezé Gonzaga. E, desde 1966, o MIS produz os “Depoimentos para a Posteridade”, que são gravações, em áudio e vídeo, com personalidades da cultura brasileira.

O governador diz que há o compromisso de entregar o equipamento à população “o mais rápido possível”. “O Estado do Rio de Janeiro é um ícone da diversidade cultural, é um território cosmopolita que reúne os mais diferentes aspectos da identidade cultural do povo brasileiro. E o MIS representa exatamente essas nuances e características da nossa cultura”, destaca Castro, prometendo um “espaço moderno, seguro e à altura da importância histórica e cultural do museu para o Rio”.

Neste momento, entra em fase final a instalação dos painéis elétricos e de toda a infraestrutura de ar-condicionado e climatização. A área do restaurante e as saídas de incêndio já foram finalizadas, e estão em contratação os painéis ondulados acústicos de revestimento do auditório e da parede oeste do MIS. O Consórcio Copacabana – formado pelas empresas Construtora R2X e a Tangran Engenharia – venceu em setembro do ano passado o processo para a conclusão das obras, no valor de R$ 68,8 milhões. Trabalham nos oito andares do prédio, em três turnos, equipes com um total de 102 homens. A última fase se concentrará na fachada, para complementar e também recuperar elementos metálicos e vidros.

Vista panorâmica de Copacabana a partir da nova sede do MIS
Vista panorâmica de Copacabana a partir da nova sede do MIS (Governo do RJ/Divulgação)
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Vista para o mar acessível a todos

Toda a concepção arquitetônica do projeto é do escritório americano DillerScodio + Renfro, que venceu concurso internacional. A execução conta com suporte do escritório Índio da Costa Arquitetura e Design. Desde o início, a ideia era democratizar uma das vistas mais icônicas do Rio: a da Praia de Copacabana, acessível do alto somente a moradores da orla e a turistas nos hotéis. No desenho, chama a atenção uma escada com 199 degraus que parece uma dobradura do calçadão.

Os futuros visitantes encontrarão no local cafeteria, livraria, boate, mezanino para exposições e restaurante com visão panorâmica. Estão previstos ainda um cinema a céu aberto e um teatro para até 280 pessoas. Atualmente, todo o acervo e administração do MIS ocupam o prédio original, na Praça XV, e um endereço na Lapa.

A pedra fundamental da nova sede, no lugar da antiga boate Help, foi lançada em 2010. A obra integrava o Programa de Desenvolvimento do Turismo no estado (Prodetur-RJ), com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os atrasos começaram com a construção dos dois níveis no subsolo, por causa da grande quantidade de água no terreno. A suspensão e o abandono, em 2016, vieram com a rescisão do contrato pela empreiteira responsável na época e com a grave crise financeira em que mergulhou o estado. Incialmente, a previsão de abertura era 2014, e esperava-se que o MIS fosse um dos pontos altos da cidade durante a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. 

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