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“Há preconceito de médicos e pacientes”, diz fundadora da Dr. Cannabis

Viviane Sedola fundou plataforma digital que aproxima pacientes a profissionais para tratamentos à base da planta

Por Diogo Magri Atualizado em 4 jun 2024, 12h30 - Publicado em 5 mar 2022, 08h00

Recentemente, a Anvisa aprovou a importação de três novos produtos à base de Cannabis. É um indício de que está havendo uma liberação no país para esse tipo de medicamento? Agora temos mais de dez produtos nessa condição, mas o preço dos medicamentos importados é ainda muito alto e nossa luta é para a liberação do cultivo no Brasil para fins medicinais, o que não ocorre ainda por muito preconceito.

De onde vem esse preconceito? Ele existe tanto por parte de médicos quanto de pacientes. Mas a conscientização aumentou muito nos últimos anos. As pesquisas científicas já mostraram que é um caminho seguro. O principal argumento contrário ainda é que a liberação do cultivo levará ao uso irrestrito. Temos de lutar contra quem tem medo do desconhecido e não busca conhecê-lo.

Existem mesmo benefícios comprovados cientificamente da Cannabis para o tratamento de doenças? Sim. Conforme comprovam diversas pesquisas recentes, ela tem um potencial enorme como remédio. Possui baixos efeitos colaterais, zero registro de óbitos por overdose, é potencialmente barata e pode substituir várias drogas insatisfatórias, como no tratamento de dores crônicas.

Há alguma chance real de mudança na legislação brasileira para permitir o cultivo por aqui para fins medicinais? Existe um projeto de lei numa comissão especial da Câmara dos Deputados, o PL 399 de 2015, que ainda não avançou, está parado faz anos. É preciso haver uma mobilização entre os deputados. Vale lembrar que, em nenhum momento, falamos em liberar o uso recreativo, nem em criar premissas para que isso seja feito.

Qual o papel da sua empresa, a Dr. Cannabis, nesse movimento pró-­liberação? A Dr. Cannabis agenda consultas entre pacientes que precisam do tratamento e médicos dispostos a utilizá-lo. Ela também oferece os produtos e cuida da burocracia, passando por prescrição, permissão e importação até o remédio chegar à casa do paciente.

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Como você começou a se envolver com esse assunto? Descobri no fim de 2017 que existiam médicos prescrevendo Cannabis desde 2015, mas a um número pequeno de pacientes. Percebi que muitas pessoas não sabiam da existência do remédio, e que isso era um problema de comunicação. Sendo formada em relações públicas, apostei que conseguiria resolver esse problema criando a plataforma.

Você usa Cannabis para algum tratamento? Eu uso óleo de canabidiol para controle de ansiedade, me ajuda a dormir. Também tenho dores nas mãos de tanto usar celular e teclado, então uso um creme à base de canabidiol que me ajuda muito em dias de crise.

Publicado em VEJA de 9 de março de 2022, edição nº 2779

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