Governo do Rio cria força-tarefa para combater seca e incêndios criminosos
Cidades no interior do estado já enfrentam problemas com sistemas de abastecimento de água
Diante de uma preocupação nacional sobre o aumento das queimadas no país, o governador do Rio, Claudio Castro (PL), criou no estado nesta segunda-feira, 16, uma força-tarefa para investigar incêndios criminosos. O grupo, composto pelas polícias, além de Detro, GSI e pela secretaria de Fazenda, pretende ainda regular a venda de água em carros-pipa. A ideia é não deixar que os preços aumentem de maneira abusiva e, ao mesmo tempo, prezar pela racionalização, uma vez que sistemas de abastecimento do estado já estão em alerta.
Na última semana, Castro já havia delimitado um gabinete de crise para lidar com os incêndios florestais. De acordo com o governador, também já foram identificados mais de 20 suspeitos por queimadas criminosas, que têm sido investigados pela Polícia Civil. Nos últimos cinco dias, inclusive, foram combatidos cerca de 1,2 mil focos criminosos em florestas. Aeronaves dos Bombeiros têm sobrevoado esses locais, assim como agentes por terra, e unidades de conservação tiveram seu fechamento determinado para que o foco se concentre nesse problema.
Ainda sem impactos tão visíveis na capital fluminense, a seca no país já afeta ao menos quatro sistemas de abastecimento no estado: Mangaratiba, Macaé, Imunana-Laranjal e Acari estão em alerta. Entre as cidades afetadas, estão municípios populosos do Leste Fluminense, como São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, além de locais na Baixada. No Sistema Acari, a situação é especialmente crítica porque lá a estiagem já chegou a níveis históricos. Os mananciais de onde vem a água que abastece a estação dependem diretamente das chuvas, o que tem intensificado o problema.
Nesse cenário, o governo do estado determinou que carros-pipa sejam disponibilizados com prioridade para as regiões mais afetadas, com foco em escolas, creches e hospitais. “É crucial que tenhamos uma resposta firme contra os incêndios criminosos. Precisamos identificar e punir os responsáveis, pois estão se aproveitando da situação climática para realizar queimadas intencionais”, disse Castro, no anúncio da força-tarefa.