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Frente Brasil Popular lança propostas emergenciais para crise

O Plano Popular de Emergência pede antecipação das eleições presidenciais e aprovação da reforma política

Por Da redação
30 Maio 2017, 10h23

A Frente Brasil Popular fez um ato na noite desta segunda-feira em defesa das eleições diretas e para lançar o Plano Popular de Emergência, que contém propostas para o enfrentamento da crise econômica, política e social. Entre as medidas do plano estão a antecipação das eleições presidenciais para 2017, aprovação da reforma política e revogação das leis do teto de gastos e da terceirização. O evento ocorreu no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca), na capital paulista.

“As entidades que fazem parte da Frente acreditam que a sociedade deve participar desse momento e discutir qual o rumo que o Brasil deve seguir”, divulgou a Frente, que é formada por mais de 60 organizações e defende “a retomada das conquistas democráticas, do Estado Democrático de Direito, do desenvolvimento, crescimento, soberania nacional e justiça social”.

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e cientista político Roberto Amaral discursou no ato e destacou alguns pontos do plano. “O eixo do nosso programa é a democracia, porque a democracia é o regime que interessa ao povo. Por isso a democracia frequentemente [é] vilipendiada, fraturada e agredida pelas classes dominantes. O objetivo do nosso programa é o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, porque esse é o regime que interessa ao povo trabalhador”, disse.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), João Pedro Stedile, disse que o objetivo da Frente não é convencer candidatos a adotar o plano, mas convencer o povo de sua importância. “Se o povo se convencer do programa alternativo, é esse povo que vai fazer o candidato se comprometer com ele”, disse.

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Plano de emergência

Segundo a Frente, o plano de emergência tem o objetivo de contribuir com o debate e apresentar uma saída emergencial, elaborado em torno de dez eixos: democratização do Estado; política de desenvolvimento, emprego e renda; reforma agrária e agricultura familiar; reforma tributária; direitos sociais e trabalhistas; direito à saúde, à educação, à cultura, à moradia; segurança pública; direitos humanos e cidadania; defesa do meio ambiente; e política externa soberana.

“Trata-se de implementar um projeto nacional de desenvolvimento que vise a fortalecer a economia nacional, o desenvolvimento autônomo e soberano, enfrentar a desigualdade de renda, de fortuna e de patrimônio como veios fundamentais para a reconstrução da economia brasileira, para a recomposição do mercado interno de massas, da indústria nacional, da saúde financeira do Estado e da soberania nacional, um modelo social baseado no bem-estar e na democracia”, diz o documento.

Estiveram presentes no ato figuras públicas como o vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT); o jornalista Fernando Moraes; a jornalista Laura Capriglione; o presidente do PC do B, Valter Sorrentino; Jamil Murad (PC do B); coordenador do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, Altamiro Borges; o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo; coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim; o ator e militante Sérgio Mamberti; o ex- prefeito Fernando Haddad; o jornalista Audálio Dantas; a reitora da PUC, Maria Amália Anderi; o jornalista Paulo Moreira Leite; o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes; o representante do Movimento Atingidos por Barragens (MAB), Jadir Bonacina, entre outros.

(Com Agência Brasil)

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