Forças Armadas participam de varredura em presídio no RJ
Segundo secretária de administração penitenciária, militares estão envolvidos apenas da parte 'logística' e não terão contato direto com detentos
As Forças Armadas participam, em conjunto com agentes penitenciários, de uma operação de varredura no Presídio Milton Dias Pereira, em Japeri (RJ), na Baixada Fluminense, na manhã desta quarta-feira. No último domingo, dois dias após o decreto da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, um motim deixou ao menos três presos feridos. Dezoito pessoas foram feitas reféns no episódio.
Segundo nota da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), os militares darão “apoio logístico” na operação. O objetivo é apreender materiais ilícitos ou outros cuja posse não seja autorizada. É a primeira ação das Forças Armadas em presídios após a intervenção.
A secretaria também argumentou que os integrantes das forças em nenhum momento estabelecerão contato com os detentos, que serão retirados previamente, pelos agentes penitenciários, conforme os pavilhões forem sendo inspecionados.
“As Forças Armadas cooperarão por meio do emprego de cães farejadores e de especialistas em detecção de metais. Agentes da Seap farão vasculhamento e varredura tátil”, explicou a nota. Ao final do montante do final de semana, foram encontrados no presídio um revólver, duas pistolas e uma granada de efeito moral, o que motivou a nova busca.
De acordo com a secretaria, a ação é realizada “no contexto do Decreto Presidencial de Garantia da Lei e da Ordem para ações em apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, assinado em 28 de julho de 2017”, portanto, em tese, independente da intervenção. No entanto, a sede da chefia da operação será uma base militar, o Comando Militar do Leste (CML), no Centro.
É justamente esta a divisão militar que era chefiada pelo general Walter Braga Netto, antes que fosse, na última sexta-feira, nomeado interventor federal na segurança do Rio.
(Com Estadão Conteúdo)