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Exército vê população ‘menos propensa’ a aceitar operações militares

Comandante Tomás Paiva encomenda pesquisas de opinião pública para emprego da Força após desgaste com o 8 de Janeiro

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 dez 2024, 12h32 - Publicado em 27 dez 2024, 10h31

O Exército brasileiro foi uma das instituições que mais saíram com a imagem arranhada após os atos de 8 de janeiro do ano passado, quando vândalos que estavam acampados em frente ao Quartel-General em Brasília caminharam até a Esplanada dos Ministérios e depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Com o avanço das investigações sobre a trama golpista que, segundo a Polícia Federal, pode vincular atos antidemocráticos do governo Bolsonaro ao quebra-quebra na capital, militares, incluindo os de alta patente, acabaram presos por suposto envolvimento na articulação de um plano de um golpe de Estado.

Nesta sexta-feira, dia 27, o Gabinete do Comandante do Exército, chefiado pelo general Tomás Paiva, determinou a contratação de pesquisas no valor de 717.000 reais sobre o uso da Força. O valor engloba três levantamentos para aferir o direcionamento e as tendências da opinião pública sobre temas relevantes para o Exército. Um dos objetivos é aferir o emprego de contingentes militares em operações de garantia da lei e da ordem (GLO).

Para o Exército, a opinião pública “está menos propensa a aceitar o emprego das Forças Armadas pelo Estado em situações que haja possibilidade de prejuízos de natureza humana e material”. “Tão importante quanto a legalidade e o aspecto formal da legitimidade do emprego de forças militares é a percepção do que a sociedade e a população local da área de operações têm sobre o emprego de forças militares numa operação, pois a opinião pública, tanto nacional quanto internacional, pode estar menos propensa a aceitar o emprego da Força para a solução de antagonismos”, diz o edital.

Em uma sociedade cada vez mais influenciada pela informação, diz o Exército, a “narrativa dominante” pode ser considerada um ponto decisivo nas operações militares contemporâneas e “o ‘terreno’ informacional passa a ser tão importante quanto o físico e o humano”.

As pesquisas encomendadas pelo Exército serão feitas em todo o território nacional a partir de entrevistas pessoais. A população será convidada a responder a 40 perguntas durante 30 minutos. Serão feitas 2.000 entrevistas, distribuídas em no mínimo 70 municípios de todas as regiões brasileiras. No final do ano passado, o Exército fez pesquisa semelhante, mas que custou apenas 173.000 reais.

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