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Escândalo do INSS: CPI dos Aposentados mira ‘Frei Chico’, irmão de Lula

Parlamentares governistas e presidentes de centrais sindicais tentam blindar o sindicalista de investigação sobre fraudes na previdência

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2025, 14h31 - Publicado em 4 Maio 2025, 11h46

O sindicalista José Ferreira da Silva, conhecido como ‘Frei Chico’, 83 anos de idade, é irmão mais velho do presidente Lula. Em 2019, Frei Chico foi denunciado pelo Ministério Público Federal durante a Operação Lava Jato, que investigou um esquema de pagamento de propina.

Na denúncia, o MP alegava que o irmão do presidente tinha recebido pagamentos da construtora Odebrecht, atual Novonor, entre 2003 e 2015. A denúncia foi rejeitada pela Justiça Federal.

Agora, o nome de Frei Chico aparece no epicentro de um novo escândalo: o desvio de 6,3 bilhões de reais dos vencimentos de aposentados de pensionistas do INSS.

Frei Chico é, desde 2008, diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das 11 entidades suspeitas de envolvimento com o esquema de desvios.

O Sindinapi arrecadou mais de 300 milhões de reais de seus “associados” entre 2019 e 2024. Somente em 2023 foram 90 milhões de reais. Há um ano, Frei Chico foi alçado à função de diretor vice-presidente do Sindicato.

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Oposição quer levar irmão do presidente ao Congresso

O irmão do presidente é um dos principais alvos da oposição na CPI dos Aposentados, que depende de autorização do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser instalada.

“São denúncias muito graves. Vamos apurar tudo a fundo, e o primeiro a ser chamado para prestar depoimento será o Frei Chico”, disse a VEJA o líder da oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS). O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), também afirmou que ouvir Frei Chico é uma prioridade do partido.

Assim que o nome de Frei Chico surgiu nas investigações, o governo mobilizou sua tropa de choque no Congresso para tentar barrar a criação de uma CPI. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que a instalação da comissão poderia atrapalhar a apuração da Polícia Federal.  “A investigação está sendo feita de forma clara, contundente, pela Polícia Federal e pela CGU, e vai pegar todo mundo”, disse o parlamentar.

As principais centrais sindicais do país emitiram nota para defender o irmão do presidente. “Jamais Frei Chico utilizou a estrutura sindical ou política em benefício próprio. Sempre viveu —e continua vivendo— de maneira modesta, fiel aos seus ideais. Ao desviar o foco das investigações para sua figura, a narrativa em torno das fraudes no INSS torna-se um discurso contra o governo e contra o sindicalismo”, diz a nota, que foi assinada por dirigentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB.

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