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Entidade que representa os funcionários do INSS é acusada de descontos ilegais

Anasps enfrenta processos na Justiça por realizar cobrança de mensalidades nas aposentadorias sem autorização

Por Ricardo Chapola
17 Maio 2025, 21h08

Vizinha ao novo negócio de um dos principais personagens envolvidos no esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS, a Associação Nacional de Servidores Públicos da Previdência e da Seguridade Social (Anasps)  também é acusada de realizar débitos não autorizados nos contracheques dos aposentados.

A entidade funciona ao lado da Amigo Center, empresa criada recentemente por Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS, apontado pela Polícia Federal como lobista e operador do escândalo que surrupiou bilhões de reais das contas dos aposentados.

A Amigos Center, que fica em Brasília, a dois quilômetros do edifício-sede do instituto, vai começar a funcionar no próximo mês e mira justamente aposentados e pensionistas, como mostra uma reportagem de VEJA publicada na edição impressa desta semana.

Muito embora não esteja citada na lista de 11 entidades que estão sob investigação, a Anasps é alvo de processos na Justiça, movidos por aposentados que se sentiram lesados por cobranças indevidas de mensalidades.

A autora de uma dessas ações é Maria da Conceição Ramos, aposentada de 90 anos. Ex-técnica do instituto, ela descobriu que sofreu descontos não autorizados em sua pensão nos últimos cinco anos.

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“Ela jamais se associou à referida associação, da qual sequer sabia da existência, muito menos autorizou os descontos, que estão prejudicando a sua subsistência, visto que está tolhendo, indevidamente, os parcos rendimentos de aposentadoria que recebe, para manter a si, pessoa idosa, e a sua família, visto que alguns filhos residem com ela”, diz um trecho da petição apresentada à Justiça pelo advogado Rafael Tizei.

Além da Anasps, a aposentada acusa outras três associações de efetuar débitos não autorizados em seus contracheques. Ela afirma não ser associada a nenhuma delas.

A defesa da aposentada estima que os descontos somaram 10.000 reais nesse período. O advogado disse que só a Anasps foi responsável por realizar 60 descontos na aposentadoria da ex-funcionária do INSS, totalizando 2.300 reais.

Com a ação, ela exige não só a suspensão dos débitos, como também que o instituto devolva os valores arrecadados de maneira ilegal. “Como foi veiculado nacionalmente, a autarquia demandada foi conivente com os descontos indevidos, colaborando com a ocorrência da fraude, ainda que jamais tenha havido qualquer solicitação da Autora nesse sentido”, diz a defesa. Procurada, a Anasps informou não ter conhecimento de qualquer reclamação sobre descontos ilegais.

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