O governo dos Estados Unidos está investindo 3,5 bilhões de reais para construir a nova sede de sua embaixada em Brasília. O prédio fica a 400 metros da Esplanada dos Ministérios e a um quilômetro e meio do Palácio do Planalto. A suntuosidade da obra, que ainda está na fase das fundações, chama a atenção.
O prédio terá mais de 21 mil metros quadrados, três andares e deverá ficar pronto apenas em 2030. As informações sobre o nível de segurança do edifício, por razões óbvias, não são divulgadas, mas a empresa escolhida para tocar o empreendimento, a Caddel Construction Company, já dá uma ideia de como a questão é tratada.
Entre as obras que a Caddell desenvolveu para o governo americano estão inúmeras instalações de grande porte e das consideradas como “missão crítica” — centros de operações de guerra, penitenciárias de segurança máxima, instalações nucleares e prédios com proteção contra bombas.
Desde 1983, a empresa já executou obras de mais de 11 bilhões de dólares para o governo americano. A sede da embaixada americana em Cabul, no Afeganistão, foi uma das últimas.
Na sexta-feira, o deputado Filipe Barros (PL-PR) redigiu um ofício para ser encaminhado à embaixada, pedindo explicações sobre a construção, depois que foram divulgadas notícias de que a obra teria nove andares subterrâneos. Era, segundo ele, estranho. A representação americana, porém, informou que os tais andares subterrâneos não existem no projeto.
EUA conciliam construção resistente com as linhas de Oscar Niemeyer
O projeto da nova sede da embaixada foi executado pela arquiteta Jeanne Gang e se inspira em traços de Oscar Niemeyer. Os jardins de Burle Marx, que já existem, serão preservados, incluindo uma árvore com mais de 100 anos. A estrutura atual da representação foi construída em 1961, logo depois da inauguração de Brasília. A obra ainda vai incluir a construção de piscinas, quadras de tênis, basquete e um restaurante.