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Em rede nacional, Lula critica ‘privilégios da elite’ e defende isenção do IR

No pronunciamento de cerca de seis minutos, o líder petista defendeu a medida como um passo decisivo no combate à desigualdade

Por Redação Atualizado em 30 nov 2025, 21h10 - Publicado em 30 nov 2025, 20h58

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou a cadeia nacional de rádio e televisão na noite deste domingo, 30, por volta das 20h30, para defender a nova lei de isenção do Imposto de Renda (IR) para aqueles que recebem até 5 mil reais mensais. Em um pronunciamento de cerca de seis minutos, o líder petista defendeu a medida como um passo decisivo no combate à desigualdade e um “estímulo extraordinário” para a economia brasileira.

A nova legislação, que foi aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado e sancionada pelo presidente na quarta-feira, 26, entrará em vigor já em janeiro de 2026. A medida não apenas isenta totalmente os salários de até 5.000 reais, mas também reduz o imposto para aqueles que recebem entre 5.000 reais e 7.350 reais.

Segundo os cálculos da Receita Federal, citados por Lula, o dinheiro “extra” nas mãos do povo brasileiro deve injetar 28 bilhões de reais na economia do país em 2026. O presidente classificou o impacto no bolso do trabalhador como sendo “quase um décimo-quarto salário”. Como exemplo, uma pessoa com salário de 4.800 reais pode fazer uma economia de 4.000 reais em um ano. Esse alívio fiscal, que vira dinheiro extra para consumo, é visto como um impulso para o comércio, a indústria, o setor de serviços e o empreendedorismo, gerando mais empregos, oportunidades e renda.

Um dos pontos centrais do discurso foi a defesa do mecanismo de compensação da isenção. Lula assegurou que o impacto financeiro não será coberto por cortes na saúde ou na educação, mas sim pela taxação dos chamados “super-ricos”. O grupo alvo da taxação compreende 0,1% da população, cerca de 140 mil pessoas, que ganham mais de 1 milhão de reais por ano e que, antes, pagavam “nada ou quase nada de imposto”. Com a nova lei, esses super-ricos contribuirão com até 10% de imposto sobre a renda.

Lula foi enfático ao afirmar que a medida ataca a “principal causa da desigualdade no Brasil: a chamada injustiça tributária”. O presidente criticou veementemente os “privilégios” acumulados pela elite brasileira ao longo de 500 anos. Ele classificou como o “mais vergonhoso” dos privilégios o fato de a elite pagar menos Imposto de Renda do que a classe média e os trabalhadores. O presidente comparou a tributação de quem vive do trabalho, que paga até 27,5% de IR, com a daqueles que vivem de renda, que pagam em média apenas 2,5%.

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“Quem mora em mansão, tem dinheiro no exterior, coleciona carros importados, jatinhos particulares e jet-skis, paga dez vezes menos do que uma professora, um policial ou uma enfermeira”.

O presidente listou ainda diversas conquistas de sua gestão, como a volta do Brasil ao ranking das 10 maiores economias do mundo, a segunda retirada do país do Mapa da Fome, a projeção da menor inflação e menor taxa de desemprego da história. Apesar dos avanços, ele lembrou que o Brasil continua um dos países mais desiguais do mundo, com o 1% mais rico acumulando 63% da riqueza nacional.

Lula concluiu reafirmando que a mudança no IR é apenas o “primeiro passo”. Ele garantiu que o governo seguirá “firme combatendo os privilégios de poucos para defender os direitos e as oportunidades de muitos”. A isenção do Imposto de Renda é considerada uma medida que resgata o princípio constitucional da tributação de acordo com a capacidade contributiva, e que tem potencial redistributivo, devendo ser um tema central no debate político das próximas eleições.

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