Eleição pode dificultar sonho de Helder Barbalho de ser vice de Lula em 2026
Governador do Pará enfrenta adversário forte em Belém e não consegue indicar vice-prefeito da segunda maior cidade do estado
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), vem investindo politicamente para se viabilizar como candidato à vice-presidência da República numa chapa com o presidente Lula, em 2026. Como já mostrou uma reportagem de VEJA, o governador tem tentado atrair políticos de outras legendas para seu partido, como forma de ganhar musculatura na região Norte.
Filho do senador Jader Barbalho (MDB) e irmão do ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), o governador, no entanto, tem enfrentado dificuldades dentro de casa e pode sofrer derrotas importantes nas eleições municipais deste ano.
Em Belém, Helder lançou Igor Normando, atual secretário da Cidadania, como candidato a prefeito. A escolha dividiu a aliança com o PT no estado, já que o partido vai apoiar a reeleição do atual prefeito, Edmilson Rodrigues, do PSOL.
Levantamento da Paraná Pesquisas feito em junho mostrou que o Delegado Éder Mauro, do PL, lidera as pesquisas com 30% dos votos. Igor Normando, mesmo com o apoio de Helder, tem 18,4%. Edmilson está em terceiro lugar, com 13,4%.
Problemas na segunda maior cidade do estado
Helder enfrenta um problema ainda maior na segunda maior cidade do estado, Ananindeua. Doutor Daniel, o atual prefeito do município, trocou o MDB pelo PSB. Helder pretendia indicar como vice da chapa em Ananindeua a atual vice-governadora Hana Ghassan. O plano era prepará-la para disputar o governo do estado em 2026.
Doutor Daniel, porém, não aceitou ceder a vaga e já avisou que o seu plano é ele mesmo ser o candidato a governador do Pará em 2026. O prefeito de Ananindeua é casado com a deputada Alessandra Haber, campeã de votos no estado.
Para dificultar um pouco mais o projeto político da família Barbalho, o prefeito tem outro bom argumento. Pesquisa da empresa Doxa, realizada em maio e registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará, mostra que ele tem 80,1% das intenções de votos para a reeleição. A aprovação do seu governo é de 90,2%.