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“Efeito Lula”: PT afirma que todos os municípios do país foram abastecidos de vacinas

Confederação Nacional dos Municípios, porém, contesta a notícia e diz que a realidade é bem diferente; Ministério da Saúde ressalta que problemas foram pontuais

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 jan 2025, 19h41

O PT divulgou em seu site uma notícia alvissareira sobre a área da saúde: “Efeito Lula: todos os municípios do país foram 100% atendidos em suas demandas por vacinas”. Segundo o partido, todas as vacinas do calendário básico estão com estoques abastecidos, muito diferente do que teria acontecido no governo de Jair Bolsonaro. “Ao contrário da época em que o então presidente dizia que quem toma o imunizante vira jacaré, em 2024, até novembro, o Brasil registrou crescimento na cobertura de 15 das 16 vacinas para a população infantil”, diz o texto.

A notícia, porém, não é verdadeira. Segundo o Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que faz pesquisas junto a todas as cidades do país para checar o atendimento na área de insumos de saúde, a realidade é bem diferente. “Apesar das afirmações do Ministério da Saúde de que não há desabastecimento de vacinas nos Municípios brasileiros, os dados levantados em setembro e dezembro de 2024 apontaram uma realidade preocupante e diferente desta posição oficial”, diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Em uma pesquisa realizada entre os dias 02 e 11 de setembro, a CNM identificou que 64,7% dos municípios pesquisados enfrentavam escassez de pelo menos uma vacina. A pesquisa foi feita junto a mais de 2.400 municípios. “Além disso, a situação mostrou agravamento ou manutenção do problema em nova pesquisa realizada entre os dias 29 de novembro e 12 de dezembro, evidenciando que, naquele momento, o problema ainda persistia em 65,8% dos Municípios pesquisados”, diz Ziulkoski.

Ministério da Saúde já tinha admitido falta de vacinas

O próprio Ministério da Saúde, em nota técnica encaminhada à CNM em outubro, reconheceu o problema da falta de vacinas nos municípios. “No documento, o Ministério da Saúde detalhou que os problemas enfrentados estavam relacionados principalmente à fabricação, à logística e à demanda”, ressalta Ziulkoski.  E acrescenta: “A ausência de vacinas, mesmo quando ocorre de forma pontual, o que não é o cenário retratado pelas nossas pesquisas, compromete a capacidade dos municípios de proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças”.

Procurado, o Ministério da Saúde admite que faltaram vacinas em alguns municípios contra a covid-19, febre amarela e varicela — mas teriam sido situações pontuais provocadas por problemas logísticos ou escassez de matéria prima. No ano passado, 5.950 pessoas morreram apenas em consequência da dengue, um aumento de 400% em relação a 2023.

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