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“É uma grande trapaça da sorte”, diz colega de Teori no STF

Luís Roberto Barroso lamenta tragédia aérea que matou o relator dos processos da Operação Lava-Jato na Suprema Corte. Procurador-geral também se manifestou

Por Da Redação Atualizado em 19 jan 2017, 19h22 - Publicado em 19 jan 2017, 18h57
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  • Colega de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso lamentou a morte do ministro. “A família perde um grande pai, eu perco um grande amigo, o Supremo perde um grande ministro e o país perde um grande homem. Essa é verdadeiramente uma grande trapaça da sorte. Não há palavras para descrever o desalento que sinto neste momento”, disse Barroso, que está em uma temporada de estudos em Harvard, nos Estados Unidos.

    Teori Zavascki, 68 anos, era relator dos processos da Operação Lava-Jato no STF. Ele morreu nesta quinta-feira na queda de um avião  em Paraty, litoral do Rio de Janeiro. A morte foi confirmada pelo filho do magistrado, Francisco Zavascki.

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    Em nota, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também lamentou a tragédia. “É inegável e inquestionável a grande contribuição que o ministro Teori Zavascki deu ao Estado democrático de direito brasileiro a partir de sua atuação como magistrado.”

    Tão logo surgiram as primeiras notícias sobre a tragédia, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, telefonou para o presidente Michel Temer em busca de ajuda para confirmar se o magistrado estava ou não a bordo da aeronave. Ela estava chegando a Belo Horizonte para visitar o pai, que está doente. Com a confirmação da morte do colega, a ministra decidiu voltar a Brasília.

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    O avião King Air prefixo PR-SOM que levava o ministro saiu do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, às 13h (horário de Brasília), com destino ao aeroporto de Paraty. Chovia bastante na região no momento do acidente. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 14h15. Uma equipe de mergulhadores e o grupamento marítimo foram destacados para fazer as buscas.

    Fabricada em 2006, a aeronave pertencia ao Grupo Emiliano, dono de hoteis de luxo em São Paulo e no Rio de Janeiro. O grupo ainda não ainda não se pronunciou sobre o acidente. O bimotor tinha capacidade para carregar oito pessoas. Seus certificados de vistoria estavam válidos até 2022.
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