Desmatamento em terras Yanomami saltaram 25% em 2022, diz Inpe
Cerca de 950 hectares de floresta foram derrubados por ações de desmatamento desde 2019
![Garimpo é visto na regãao do Homoxi na Terra Indigena Yanomami.( Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real).](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/06/TERRAS-INDIGENAS-GARIMPO-3fbc8fd4_o.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O desmatamento por garimpo na Terra Indígena Yanomami saltou 25% em 2022 em relação a 2021. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As atividades ilegais que estão por trás crise humanitária e de saúde que atinge o povo local chegaram a 232,7 hectares no ano passado. Desde 2019, quando a área passou a ser monitorada pelo órgão, cerca de 950 hectares da floresta foram derrubados pelo desmatamento. Os yanomamis e outros povos indígenas têm sido diagnosticados com malária, desnutrição e contaminação por mercúrio.
No último dia 20, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou emergência médica no território, no estado de Roraima. O ministério dos Direitos Humanos criou um gabinete de crise neste sábado, 28, para acompanhar a situação. Dentre as tarefas do novo gabinete estão a elaboração de um plano de ação para combater as práticas, a produção de dados para subsidiar políticas públicas e também visitas aos territórios em crise.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, se reunião com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, para discutir o tema. “O MDH está atento a isso nessa ação que é do governo brasileiro. Na terça-feira vai uma delegação do MDH a fim de produzir um relatório detalhado sobre a situação dessas áreas e dos indígenas, que possibilitem a tomada de decisões”, afirmou na ocasião. Também devem compor a delegação que parte para Roraima na terça-feira, 31, membros dos ministérios da Defesa e da Saúde.