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Desafios em grande escala

Algumas dificuldades e avanços que o setor de alimentos vai encarar nos próximos anos

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 9 nov 2023, 19h36 - Publicado em 8 nov 2023, 11h25
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  • O setor de alimentos tem encarado algumas dificuldades e  também desenvolvido uma série de soluções para diversificar e melhorar os produtos que oferece, além de ajustar os processos de gestão. As ações que começam no campo, passam pela etapa de processamento dos alimentos e chegam a medidas de redução de desperdício e de economia circular. Conheça a seguir algumas tendências e desafios na produção global de alimentos até 2050.

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    Atenção à saúde

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    Atualmente, 1 bilhão de pessoas no mundo passam fome, enquanto outros 2 bilhões sofrem de sobrepeso ou obesidade, de acordo com dados da ONU. Encontrar soluções nutricionais eficientes, que supram as demandas de quem não consegue ter acesso a uma alimentação saudável, é tão importante quanto atacar o problema dos alimentos ultraprocessados e ultracalóricos, que estão diretamente ligados a doenças crônicas que vêm ganhando relevância no mundo.

    As maiores empresas do setor já entenderam essa demanda e investem na ampliação de linhas de produtos sem açúcar, sem gordura trans e sem lactose, inclusive nas opções de congelados — com a popularização do trabalho remoto ou híbrido, a deman-
    da por alimentos rápidos de preparar deverá se manter aquecida, e será preciso cada vez mais conciliar praticida-
    de com saúde. “A segurança alimentar gera demandas em duas direções: a disponibilidade e as características dos alimentos. A indústria é pressionada a ser mais sustentável, mais eficiente e mais atenta à saúde das pessoas”, sintetiza Maurício Moraes, sócio e líder do setor de agribusiness da consultoria PwC Brasil.

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    A era dos alimentos alternativos

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    Hambúrgueres à base de plantas. Nuggets cultivados em laboratório. Purês e pizzas impressos em casa. Saladas feitas com produtos orgânicos. Proteína em pó criada a partir de insetos. Por muitos anos, inovações como essas foram anunciadas como o futuro da alimentação. Agora, finalmente, elas parecem perto de chegar às mesas dos consumidores. Não vão substituir os alimentos de fontes tradicionais — mas irão tornar as refeições mais diversificadas. “Somos a última geração a se alimentar da forma tradicional. No futuro, o prato dos nossos filhos e netos será muito mais variado”, afirma Raquel Casseli, diretora de engajamento corporativo no Brasil do The Good Food Institute (GFI), uma entidade sem fins lucrativos que trabalha para tornar o sistema alimentar melhor para o planeta, para as pessoas e para os animais. “O consumidor vai fazer escolhas, que podem incluir uma refeição plant-based food [dieta baseada em frutas, legumes, grãos, nozes e outras fontes vegetais] num dia da semana e um churrasco no domingo. Essas decisões vão passar por motivações variadas, envolvendo saúde e questões sociais e culturais.” As novas tendências em proteína vegetal estimulam os produtores rurais.

    “É um movimento muito forte da indústria, que acaba puxando também os fornecedores, e não apenas quem produz soja”, diz Casseli. “Temos feito um trabalho junto a quem planta feijão, já que o produto que se quebra, e é considerado inviável para comercialização, pode ser transformado em farinha proteica de alto valor agregado.”

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    A carne cultivada em laboratório já é uma realidade. Recentemente, a startup americana Eat Just começou a vender nuggets totalmente desenvolvidos pela multiplicação de células animais. E a bioimpressão de alimentos, como pizzas e purês, também deixou de ser ficção, ao menos em experimentos controlados. Há quem aposte que, até 2050, vai ser comum as famílias terem uma impressora de alimentos em casa. “Teremos fontes de proteínas diversas: as tradicionais e aquelas à base de plantas, cogumelos, algas, insetos… É como olhar para a matriz energética do mundo: não haverá uma única solução possível, mas a soma de várias soluções consistentes para promover a segurança alimentar”, diz Simone Galante, da consultoria Galunion.

    Em paralelo, cresce a procura por alimentos orgânicos. A Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) estima que esse mercado cresceu mais de 30% em 2020 e movimentou cerca de 5,8 bilhões de reais no país. A previsão é fechar com 7 bilhões de reais em 2023. “O sistema alimentar está sendo revisto, e o Brasil tem condições de liderar várias dessas novas tendências”, diz Casseli.

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    Desafios em grande escala
    (iStock/iStock)

     

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