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De onde vem o título de “padre” de Kelmon, aliado de Bolsonaro

Candidato teve cargo questionado em debate presidencial e igreja também se manifesta

Por Sofia Cerqueira Atualizado em 30 set 2022, 15h30 - Publicado em 30 set 2022, 11h59

No epicentro de algumas das principais polêmicas – e memes – do debate presidencial desta quinta-feira, 29, o candidato Kelmon Luis da Silva Souza, do PTB, deixou uma questão no ar. Afinal, ele é padre ou apenas usa esse título? Com menos de 1% das intenções de votos nas pesquisas, ele vem participando dos debates dos candidatos ao Palácio do Planalto por uma exigência da lei eleitoral.

O candidato de 45 anos, nascido em Acajutiba, na Bahia, teve o título de Padre Kelmon questionado por adversários no debate da TV Globo a ponto de a candidata Soraya Thronicke (União) tê-lo chamado de “padre de festa junina”. O episódio ocorreu durante o confronto entre os dois sobre pautas raciais. O fato de se apresentar como sacerdote e usar roupas como tal também despertou a atenção da Igreja Católica, que contesta o seu título. Em suas redes sociais, a igreja afirmou que Kelmon nunca foi padre da Igreja Ortodoxa do Brasil, seminarista ou membro do clero em nenhum dos três graus da ordem, que são bispo, presbítero ou diácono.

“(…) O referido candidato não é membro de nossa Igreja Ortodoxa no Brasil em nenhuma de suas paróquias, comunidades, missões ou obras sociais, bem como não é e nunca foi seminarista ou membro do clero da nossa Igreja (….). Também não é e nunca foi membro leigo ou clérigo de nenhuma de nossas igrejas irmãs e que não possuímos qualquer relação ou comprometimento com o mesmo ou com qualquer um de seus feitos, passados ou presentes (…)”, diz um trecho da postagem.

Em resposta, Kelmon, que herdou a vaga de candidato à presidência de Roberto Jefferson (PTB) e se apresenta e faz campanha como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, usando essa referência inclusive nas peças promocionais do partido, apresenta uma carta da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru. Nela, a entidade diz que é reconhecida pelo governo daquele país e se refere a Kelmon como “um dos membros mais ilustres” das missões. A instituição ainda declara que Kelmon é tido pela Santa Igreja Ortodoxa como “pároco interino sediado no Vicariato Episcopal do Brasil”. No papel de religioso, o candidato, em seu canal no YouTube, costuma denunciar a “islamização” e a “perseguição” aos cristãos no Brasil.

Kelmon chegou à corrida presidencial, ao que parece, graças a uma antiga amizade com Roberto Jefferson. Ele era vice do ex-candidato desde que se conheceram em uma missão ortodoxa na Bahia, onde surgiu o convite para ser seu representante de chapa em seu Estado. O candidato que foi filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores) e hoje, como deixou claro no debate desta quinta-feira, é um ferrenho opositor de Luiz Inácio Lula da Silva. A ponto de a candidata Soraya Thronicke tê-lo chamado ainda no debate de “cabo eleitoral de Bolsonaro”.

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