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Datas: lan Wilmut, Germano Gerdau e Domenico De Masi

O 'pai' da Dolly, o executivo de aço e o sociólogo italiano

Por Redação Atualizado em 4 jun 2024, 09h58 - Publicado em 15 set 2023, 06h00

Em março de 1997, ao anunciar em reportagem de capa o nascimento da ovelha Dolly, VEJA tratou o tema com a grandeza que merecia, dado o espanto: “Para Dolly nascer foi preciso que um anjo torto, desses que andam de jaleco branco, a arrancasse inteira de dentro de outro animal. Como Eva no Velho Testamento, feita com uma das costelas de Adão, Dolly veio ao mundo como um pedaço de outro ser adulto. Dolly, a ovelha escocesa de cuja concepção extraordinária o mundo tomou conhecimento na semana passada, não tem pai nem mãe. Ela tem apenas origem, uma origem que não é divina. É humana. Dolly é o cordeiro dos homens, o cordeiro de lan Wilmut, embriologista do Instituto Roslin, instituição de pesquisa agropecuária nos arredores de Edimburgo, capital da Escócia”. E, então, Wilmut virou um dos grandes nomes da ciência de nosso tempo — porta-voz de uma discussão ética que nunca cessou, e vai longe. Ele morreu em 10 de setembro, aos 79 anos, em decorrência da doença de Parkinson. Dolly, o primeiro clone, viveria até 2003, com seis anos e meio de idade. O cientista e o animal nunca mais deixariam a fenomenal trilha da evolução científica, alimentada por uma indagação permanente: aonde queremos chegar?

O executivo de aço

EXPANSÃO - Germano Gerdau Johannpeter: um dos motores do crescimento da empresa familiar
EXPANSÃO - Germano Gerdau Johannpeter: um dos motores do crescimento da empresa familiar (./Divulgação)

Gaúcho de Porto Alegre, Germano Gerdau Johannpeter formou ao lado dos irmãos Klaus, Jorge e Frederico a quarta geração da mais relevante empresa brasileira da indústria de aço. A Gerdau foi criada em 1901 a partir de uma fábrica de pregos. Presente (e muito respeitada) em nove países, tem hoje quase 30 000 funcionários. Meticuloso e calmo, afeito a costurar relacionamentos, Germano iniciou a trajetória de cinquenta anos na companhia em 1951, como assistente da diretoria da Siderúrgica Riograndense. Ocupou diversos cargos até se tornar, em 1971, diretor-executivo e, posteriormente, membro do conselho de administração. Ele foi responsável pela vitoriosa estratégia comercial da empresa. Morreu em 8 de setembro, aos 91 anos, no Rio de Janeiro, de causas naturais.

O direito à preguiça

TRABALHO - O italiano Domenico De Masi: autor da ideia do ócio criativo
TRABALHO - O italiano Domenico De Masi: autor da ideia do ócio criativo (sposito Salvatore/Pacific Press/Getty Images)

Muito antes de a pandemia bagunçar o cotidiano do trabalho, com a introdução do sistema híbrido, muito antes de a internet e as redes sociais mudarem o mundo, o sociólogo italiano Domenico De Masi intuiu que o tempo livre também poderia ser produtivo. É dele a criação do termo “ócio criativo”, título de um livro lançado no ano 2000. Sempre bem-humorado, Masi tinha a inteligência de apontar as mazelas das sociedades, aceleradas pelas desigualdades sociais, mas buscar saídas. Disse a VEJA, em 2022, ao lançar um de seus textos, O Trabalho no Século XXI: Fadiga, Ócio e Criatividade na Sociedade Pós-Industrial: “Em nenhuma época histórica, houve um mundo tão bom quanto este em que vivemos. Vivemos até os 80 anos, quando antes a expectativa de vida era de 40 anos. Hoje, temos os analgésicos, que nos poupam da dor, uma das tragédias da humanidade. Acredito que os seres humanos serão capazes de não destruir tudo o que foi criado”. Morreu em 9 de setembro, aos 85 anos, em Roma, de causas não reveladas.

Publicado em VEJA de 15 de setembro de 2023, edição nº 2859

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