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Datas: Ismail Kadaré, Dudu e Maria Rosaria Omaggio

As despedidas que marcaram a semana

Por Da Redação Atualizado em 5 jul 2024, 12h03 - Publicado em 5 jul 2024, 06h00

Ismail Kadaré, premiado escritor do Leste Europeu, era conhecido por sua prolífica produção literária, que abrangia de contos e romances a ensaios e poesias. Suas obras tinham muitas vezes como alvo o totalitarismo, por meio de alegorias históricas e políticas sombrias, com lastro na saga de seu próprio país. A estreia no romance aconteceu em 1963, com O General do Exército Morto. O enredo traz como pano de fundo uma escavação arqueológica conduzida por um militar e um padre e acaba por revelar as memórias dos horrores cometidos pelo governo albanês na Segunda Guerra. Sucesso em sua terra natal, foi traduzido para o francês em 1970, quando os críticos europeus o classificaram como uma obra-­prima. No Brasil, Kadaré ficou conhecido por Abril Despedaçado, em que um jovem questiona uma tradição local — chamada Kanun, na Albânia — de vingar a morte violenta de um ente querido. Em 2001, o cineasta Walter Salles dirigiu uma adaptação para a realidade brasileira, um filme homônimo que retrata a rivalidade entre duas famílias, os Breves e os Ferreiras. Por várias vezes ele foi cotado para o Nobel de Literatura, mas a Academia Sueca nunca o contemplou. Em contrapartida, tornou-se o primeiro laureado com o Prêmio Internacional Man Booker (hoje Prêmio Internacional Booker), concedido a um escritor pelo conjunto de seus trabalhos. Kadaré morreu em 1º de julho, aos 88 anos, em Tirana, a capital do seu país, após um ataque cardíaco.

Jogo inteligente

VOLANTE - Visão de jogo: Dudu, astro do Palmeiras, dominava o meio-campo
VOLANTE - Visão de jogo: Dudu, astro do Palmeiras, dominava o meio-campo (Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/.)

Volante histórico do Palmeiras, Dudu era chamado de “carregador de piano” no time cujas cores defendeu de 1964 a 1975, em dois ciclos áureos que a crônica esportiva batizou de “academias”. O meio-campo era seu território, onde reinava absoluto, orquestrava as jogadas e distribuía passes precisos. Sua visão de jogo era invejável e sua capacidade de antecipar os lances fazia dele um jogador temido mais por sua inteligência do que pela força. Entre seus parceiros de cancha, o mais célebre foi Ademir da Guia, o Divino. Como atleta, foram 615 partidas, 29 gols e nove títulos. Na função de treinador, conquistou o Campeonato Paulista de 1976 pelo clube que o consagrou. Foi revelado pela Ferroviária de Araraquara e teve passagens pelo Sevilla, da Espanha, e pelo Confiança, de Sergipe. Também vestiu a camisa verde-amarela algumas vezes. Nascido Olegário Tolói de Oliveira, era tio de Dorival Júnior, atual técnico da seleção. Morreu em 28 de junho, aos 84 anos, em São Paulo, após um mês internado em razão de uma fissura na bacia, que acabou causando uma infecção.

Mil e uma artes

POPULAR - Maria Rosaria em ação: cinema, teatro, ópera e livros
POPULAR - Maria Rosaria em ação: cinema, teatro, ópera e livros (Maria Moratti/Getty Images)

Lançada no início dos anos 1970, em um popular programa da TV italiana, a atriz Maria Rosaria Omaggio fez mais de cinquenta peças de teatro e 29 filmes ao longo de uma rica carreira. Entre seus principais papéis está o da jornalista Oriana Fallaci em Walesa: O Homem de Esperança (2013), de Andrzej Wajda, sobre o líder sindical que fundou o partido Solidariedade, na Polônia. A interpretação lhe rendeu o Prêmio Pasinetti, concedido pelos críticos de cinema no Festival de Veneza. Além do palco e das telas, ela dirigiu óperas e escreveu livros. Nasceu em Nápoles, mas morava há tempos em Roma. Morreu em 1º de julho, aos 67 anos, após uma longa enfermidade.

Publicado em VEJA de 5 de julho de 2024, edição nº 2900

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