
A Polícia Militar do Distrito Federal informou que prendeu no último domingo um homem que era procurado por vários tipos de crimes, na cidade de Brazlândia, a 50 quilômetros do centro de Brasília. Segundo a PM, ele tinha um barraco no assentamento “Zé Pereira”, na área rural de Brazlândia. No momento da prisão, o homem portava uma espingarda calibre 12. O MST negou qualquer ligação com o preso.
O criminoso preso é Rogério Vaz de Oliveira, que seria ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele tem uma extensa ficha corrida. Há mandado de prisão em aberto contra Rogério por crimes de homicídio, roubo, organização criminosa e ameaça. Ele foi foi preso por policiais militares do 15º Batalhão da PM. Segundo as primeiras informações, o homem foi encontrado pelo Serviço de Inteligência da PMDF, que recebeu informações de que um procurado da Justiça estava no assentamento.
Foragido diz que tinha espingarda calibre 12 para “espantar animais”
Segundo a PMDF, Rogério tinha um barraco no assentamento Zé Pereira. Sobre a arma de grosso calibre, Rogério justificou que era para “espantar animais”. A região do assentamento, no entanto, fica próxima da área urbana e não se tem notícias de ataques de animais na região.
As primeiras notícias divulgadas sobre a prisão do homem dão conta de que ele estaria fazendo “segurança” do assentamento do MST, mas a PMDF não confirmou essa informação. O caso será investigado pela 18ª Delegacia da Polícia Civil do DF, que registrou a ocorrência assim que os policiais militares entregaram o procurado.
MST nega que criminoso seja ligado ao movimento
O MST publicou uma nota para negar ligação do movimento com o criminoso. O movimento negou que o preso fazia guarda armada no assentamento do MST. “Em primeiro lugar, não existe e nunca existiu nenhum assentamento, seja do MST ou de outra organização com o nome de Zé Pereira. O tal sujeito exposto na matéria como membro do PCC nunca fez parte do MST, não tendo nenhum vínculo com absolutamente nada em referência ao movimento, sujeito esse que nunca nem ouvimos falar”, diz o MST.
O movimento repudiou o vínculo da prisão com assentamentos de sem terra. “Tentar vincular o MST com qualquer organização criminosa é no mínimo um desrespeito e uma injúria com as mais de 80 mil famílias trabalhadoras acampadas em áreas do MST e as mais de 100 mil famílias assentadas pelo movimento nestes 41 anos de luta pela Reforma Agrária e por justiça social no campo. Não aceitamos e nem aceitaremos tais acusações caluniosas”.