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“Crime, polícia e política não se separam no Rio”, diz Marcelo Freixo

Hoje presidente da Embratur, político era deputado estadual no Rio de Janeiro quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada, em 14 de março de 2018

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 12h10 - Publicado em 24 mar 2024, 09h06

Marcelo Freixo, hoje presidente da Embratur, era deputado estadual no Rio de Janeiro quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada, em 14 de março de 2018. Freixo foi uma das primeiras pessoas a se mobilizar após o crime que vitimou Marielle e o motorista Anderson Gomes. Ele foi às redes sociais para se manifestar sobre as prisões, neste domingo, 24, de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho Brazão, deputado federal, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Estado.

Batizada de Murder Inc., a operação que apura os assassinatos de Marielle e Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, foi comandada pela Polícia Federal e contou com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro. De acordo com a nota da PF, além dos três mandados de prisão preventiva, estão sendo cumpridos doze mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, todos na cidade do Rio.

“Em 2008, quando fiz a CPI das Milícias, nós escrevemos no relatório que crime, polícia e política não se separam no Rio. 16 anos depois, com o caso da Marielle resolvido, reafirmo a mesma frase”, escreveu Freixo no X, ex-Twitter. “Um membro do Tribunal de Contas, um vereador (agora deputado) e um chefe da polícia presos envolvidos no assassinato da Marielle.”

Freixo escreveu que a primeira pessoa para quem ligou quando soube do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi para Rivaldo Barbosa. “Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo”, relatou em sua publicação. “Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro.”

De acordo com o politico, cinco delegados comandaram as investigações do inquérito do assassinato de Marielle e Anderson. Diz ele que, sempre que se aproximavam dos autores, os titulares eram afastados. Por isso, continua, a demora de seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar. “Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso”, escreveu. “Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam.”

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