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Como o Comando Vermelho ampliou negócios e se expandiu rápido sobre áreas de milícia

Com armas e tecnologias de guerra, facção passou a inimigo número um da Segurança do Rio após enfraquecimento dos grupos paramilitares

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 out 2025, 19h22 - Publicado em 30 out 2025, 14h45

Até meados de 2024, o principal inimigo da Segurança Pública do Rio eram as milícias. O combate nos últimos anos a esses grupos paramilitares, com a prisão de líderes e o seu consequente enfraquecimento, teria aberto espaço para a expansão do Comando Vermelho. Secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos já disse a VEJA que a partir de 2022, logo após a pandemia, o CV avançou muito rapidamente, como na direção da região da Grande Jacarepaguá. Os traficantes passaram a ocupar o lugar de milicianos e também a dominar áreas que antes não eram controladas pelo crime. E o perfil de atuação do grupo, que tem os complexos da Penha e do Alemão como QG, mudou: “Eles aprenderam com a milícia que hoje o domínio do território dá mais dinheiro que a droga”, afirma Santos.

Armas e tecnologias de guerra

Os negócios foram ampliados, e a opressão aumentou sobre os moradores. A comercialização de entorpecentes, inclusive, deixou de ser o ramo mais lucrativo. Atividades como a exploração de internet – por meio de pequenas operadoras que tem à frente laranjas -, cobrança de taxas sobre água e luz e até produção de gelo – mercadoria vendida para quiosques e barraqueiros da orla carioca – garantem recursos para bancar a ampliação do domínio pela cidade. O dinheiro vai, sobretudo, para a compra de armamento e tecnologias de guerra, como fuzis e adrones. Esses aparelhos, além de usados para o monitoramento das polícias e rivais, são adaptados como lançadores de explosivos, como se vê na Ucrânia.  Outro investimento alto é em jammers, que são sistemas antidrones inaugurados no conflito com a Rússia, capazes de impedir o voo e derrubar os drones das forças de segurança. 

Disputas sangrentas

Na ânsia por faturar em cima de moradores, eles não param de inovar. Em áreas de Jacarepaguá, por exemplo, comerciantes locais são obrigados a pagar uma “taxa de barricada”, criada para financiar a construção de bloqueios que impeçam a entrada da polícia. O território é o grande objeto de desejo do CV, que vem nesse sentido travando batalhas sangrentas com o Terceiro Comando Puro (TCP) e as milícias em diferentes pontos do município. Cerca de 70% das operações da PM do Rio são voltadas para conter esses conflitos. 

O Comando Vermelho, que já está presente em 25 estados, é o grupo com maior domínio na Região Metropolitana do Rio – 51% das áreas sob o controle do crime estão sob o jugo da facção. A pesquisa da UFF com o Instituto Fogo Cruzado sobre essa expansão também aponta que 18,2% do território de todo o Grande Rio são comandados por algum grupo armado. 

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