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Como enfermeiras planejaram flagrante de anestesista que estuprou grávida

Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante pela polícia em um hospital público em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro

Por Adriana Cruz Atualizado em 12 jul 2022, 19h53 - Publicado em 12 jul 2022, 19h47

A aplicação de superdosagem de medicamentos em pacientes e o comportamento estranho, como encobrir o rosto das mulheres, do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, acusado de estuprar grávidas durante o parto, foram fundamentais para chamar a atenção de cinco enfermeiras e um enfermeiro no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Nesta terça-feira, 12, os funcionários, que filmaram os abusos sexuais do médico, prestaram depoimento, aos quais Veja teve acesso, na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Um deles revelou que Quintella sequer monitorava os sinais vitais das grávidas através dos monitores eletrônicos. Geralmente, após o nascimento do bebê, o médico ainda solicitava a saída do acompanhante do leito sob o argumento de que a mulher estava com náuseas para aplicar novas drogas e “apagar a paciente”, revelou um dos funcionários.

De acordo com o relato de um  técnico de enfermagem, o anestesista usava ainda uma espécie de capote cirúrgico para fazer uma “cortina” que impedia que a equipe pudesse ver a parte superior da paciente. O que reforçou as suspeitas do grupo que decidiu ficar de olho. “O Giovanni ficava muito próximo a cabeça das pacientes, sempre em pé, agindo de forma estranha. As pacientes saiam sempre da cirurgia muito dopadas, o que dificultava até a amamentação”, afirmou outra enfermeira ouvida pela polícia.

No domingo, dia 10, após a segunda cesariana, os funcionários decidiram então montar um flagrante para o médico e filmar o trabalho de parto com o auxílio de um telefone celular. Assim, eles conseguiram  flagrar o ato sexual praticado pelo anestesista contra a mulher que acabara de ter um bebê. As imagens revelaram que o médico começou a mexer na cabeça da paciente, tirou o pênis da calça e o colocou na boca da mulher. “Ele ainda ficava empurrando a cabeça da vítima em movimento de ‘vai e vem’, de forma sutil. No vídeo ainda parece ter ejaculado na paciente e em seguida limpa o rosto dela, o pênis e joga o papel na lixeira”, revelou outra funcionária.

Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável cuja pena chega a 15 anos de prisão. Ele é investigado por ter praticado ainda outros cinco estupros. Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que abriu um procedimento ético-disciplinar que pode resultar na cassação do profissional e, de imediato, suspendeu o médico devido à gravidade do caso.

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