Chile, Uruguai e México ampliam lista de países que suspendem compra de frango do Brasil
Ministério da Agricultura defende princípio da regionalização para exportações

Chile, Uruguai e México ampliaram a lista de países que suspenderam a importação de carnes de aves e subprodutos do Brasil. A suspensão das exportações do Brasil começaram depois que foi confirmado, na quinta-feira, o primeiro caso de gripe aviária em uma granja do município gaúcho de Montenegro, a 60 quilômetros de Porto Alegre.
Com a suspensão das compras pelo Chile e o Uruguai e México, a lista de países que pararam de comprar aves e subprodutos do Brasil fica cada vez maior, já que União Europeia, China e Argentina também suspenderam os pedidos. A informação sobre a suspensão das compras pelo Chile e o Uruguai foi confirmada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, ao Estadão/Broadcast Agro.
Estas suspensões de compra são temporárias, em função de protocolos internacionais que têm como finalidade conter a propagação da doença. A gripe aviária, ou influenza aviária de alta patogenicidade, não tinha sido identificada em criações para fins comerciais no Brasil e estava restrita a aves silvestres. Ruas explicou que todos os 150 países para os quais o Brasil exporta aves e derivados foram notificados oficialmente do caso no Brasil, em Montenegro.
Ministério da Agricultura defende regionalização para exportações
O Ministério da Agricultora tem tomado todas as medidas necessárias para conter a propagação da gripe aviária. Uma das medidas que foram tomadas foi a instalação de barreiras sanitárias num raio de dez quilômetros em torno do município de Montenegro. Nestes pontos de fiscalização, caminhões e outros tipos de veículos que transportam animais irão passar por inspeção e desinfecção. “As ações efetivas para isolamento, controle e erradicação, demonstram a robustez do sistema de inspeção do Brasil”, informou o Ministério da Agricultura.
O governo, no entanto, defende o princípio da regionalização, preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), restringindo a exportação aos 10 quilômetros de raio do foco. “Tendo em vista que o Brasil é o maior produtor e exportador de carne de aves do mundo, que possui dimensões continentais com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, com longas distâncias e deslocamentos, reiteramos a importância de se reconhecer a regionalização para o caso”, diz a nota do Ministério da Agricultura.