Castro promete operações diárias contra barricadas até o fim do seu mandato
Governador tenta manter protagonismo na área da segurança até as eleições
Uma força-tarefa que inclui as polícias do Rio deu início nesta segunda-feira, 24, à operação Barricada Zero, nova ofensiva do governo Cláudio Castro (PL) na área de segurança. Pela manhã, as equipes removeram mais de 200 toneladas de materiais usados como bloqueios, como afirmou em coletiva de imprensa o governador, que prometeu “operações diárias até o meu último dia de mandato”. De cinco a seis localidades por dia serão alvos da mobilização. Hoje, comunidades do Rio, São Gonçalo e Baixada Fluminense receberam a ação conjunta.
2026 em jogo
O tempo de permanência de Castro no Palácio Guanabara ainda depende de decisões e acordos políticos. Caso dispute o Senado, terá que deixar a cadeira no começo de abril de 2026. Diante dessa possibilidade com o ganho repentino de popularidade – após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão -, o político realiza costuras para colocar no seu lugar um sucessor de inteira confiança e de perfil técnico, que deverá ser aprovado pela Alerj.
Uma forma de garantir as rédeas nesse jogo é manter o protagonismo na área da segurança. As ações policiais agora anunciadas fazem parte dessa estratégia.
Concreto, pneus e colchões
Na capital, neste primeiro dia do Barricada Zero, agentes com apoio de maquinário pesado foram à região da Cidade de Deus, onde houve a retirada de bloqueios feitos de concreto, pneus e colchões numa via de acesso para quem se deslocada para a Barra, Curicica e Taquara, na Zona Sudoeste. Em outro ponto, foi preciso remover pedras fincadas no chão.
Além da Cidade de Deus, as comunidades São Simão e Dom Bosco, em Queimados; Mangueirinha, em Caxias; Grão Pará, em Nova Iguaçu; e Jardim Catarina, em São Gonçalo, são alvos hoje da operação, coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e com participação da PM, Polícia Civil, das secretarias de Infraestrutura e Obras Públicas, de Cidades e de Habitação de Interesse Social, da Empresa de Obras Públicas, do Instituto de Segurança Pública (ISP) e de prefeituras.
No Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), Castro divulgou que pelo menos cinco pessoas foram presas nesta manhã. As barricadas não só impedem a entrada das polícias nessas comunidades como são marcos de domínio e exploração territorial. Por trás delas, moradores vivem sob o jugo do tráfico e da milícia.
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