Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Caso Marielle: grupo especializado do MPRJ e PF reforçam investigação

Mudanças serão anunciadas nesta terça-feira, após reunião entre os responsáveis pela apuração do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes

Por Fernando Molica
Atualizado em 21 ago 2018, 15h14 - Publicado em 21 ago 2018, 14h12

As críticas à atuação da Polícia do Rio na apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes levaram a um reforço nas investigações, que passarão a contar com a participação mais efetiva do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual e da Polícia Federal. A PF já vinha atuando no caso, principalmente na área de inteligência. O crime ocorreu no dia 14 de março e ainda não foi solucionado.

A concentração de esforços será anunciada no fim da tarde após uma reunião que contará com a participação do secretário de Segurança, Richard Nunes; do superintendente da PF no Rio, Ricardo Saadi; do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa; do Procurador-Geral de Justiça, Eduardo Gussem; e do delegado Giniton Lages, que comanda as investigações na Delegacia de Homicídios. O inquérito continuará com a Polícia Civil do Rio.

As mudanças ocorrem duas semanas depois de o ministro da Segurança, Raul Jungmann, falar que agentes do estado, políticos entre eles, dificultavam a apuração dos homicídios – ele chegou a sugerir que a Polícia Federal assumisse o caso. Como o site de VEJA publicou, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) cobrou maior investimento na linha de investigação que liga o crime a deputados do MDB fluminense. Encarregado de apurações de crimes que envolvem milicianos, o Gaeco vai atuar no caso Marielle ao lado da promotora Letícia Emili que, como adiantou a coluna Justiça & Cidadania, do jornal O DIA, será a nova responsável pelo caso no MP – ela substituirá o promotor Homero das Neves, que atuava no caso com outros cinco colegas.

Na semana passada, Jungmann e Gussem trocaram ofícios em que tratavam do caso. A correspondência evidencia divergências entre os dois. O procurador-geral reafirmou que o caso era de competência da polícia, do MP e da Justiça estaduais e que, por conta da intervenção no estado, a área de segurança já estava sob comando federal – isto tornaria desnecessária a passagem do caso para a PF. Em sua resposta, Jungmann ressaltou que a PF continuava à disposição, isto, mesmo que não houvesse deslocamento do caso para a Justiça Federal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), porém, ainda não descartou a possibilidade de pedir ao Superior Tribunal de Justiça a federalização das investigações. A Secretaria de Direitos Humanos e Defesa Coletiva da PGR aguarda resposta a um pedido de informações encaminhado a autoridades de segurança do Rio de Janeiro para definir se irá pedir a transferência.

Logo após o crime, Raquel Dodge, procuradora-geral da República, instaurou um Procedimento Preparatório de Incidente de Deslocamento de Competência para analisar a possibilidade de solicitar ao STJ a retirada do caso da esfera da polícia estadual. A Constituição prevê esta mudança em caso de “graves violações de direitos humanos”. Para que isso ocorra, é necessário que a PGR constate falhas ou omissões nas investigações.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.