Bolsonaro é investigado por importunar baleia jubarte no litoral de SP

Vídeo mostra um homem, que os investigadores acreditam ser o ex-presidente, fazendo manobras com jet-ski próximo ao animal; pena pode chegar a cinco anos

Por Da Redação 19 nov 2023, 14h46

O ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por supostamente instigar a tentativa de golpe de Estado do 8 de janeiro de 2023 — O ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por supostamente instigar a tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 (Ton Molina/Fotoarena/.)

O ex-presidente Jair Bolsonaro será investigado pela Polícia Federal por importunar uma baleia jubarte, em São Sebastião, no litoral de São Paulo, com um jet-ski.

Documento divulgado pelo Ministério Público Federal no sábado (18), o evento aconteceu no no final de semana de 16 e 17 de junho deste ano. O MPF instaurou ainda um procedimento administrativo, que não tem caráter de investigação, para acompanhar o trabalho da PF.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrava um homem em um jet-ski com motor ligado se aproximando da baleia jubarte. A gravação mostra que ele chegou a 15 metros do animal. Os investigadores acreditam que o responsável por pilotar o jet-ski é o ex-presidente.

A pena para a pesca e o molestamento intencional das baleias jubarte em áreas litorâneas é de dois a cinco anos de prisão e multa, de acordo com a lei brasileira.

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Durante um evento no PL Mulher realizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, no sábado (18), o ex-presidente se manifestou sobre o caso em discurso gordofóbico. “Todo dia tem uma maldade em cima de mim. A de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleira que não gosta de mim é aquela que está no ministério, que diz que eu queria dar gole, mas some com os vídeos”, afirmou, em referência ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

O caso mencionado por Bolsonaro aconteceu durante a CPI que apurou os ataques às sedes dos três poderes. Em agosto, Flávio Dino afirmou que algumas das imagens dos atos golpistas gravadas pelas câmeras de segurança foram apagadas depois que o contrato com a empresa que cuidava do monitoramento foi encerrado. Segundo ele, não havia obrigação de manter os registros por muito tempo.