Bolsonaro dá nota 7 ao seu primeiro ano de governo
Em entrevista ao programa Poder em Foco, o presidente diz que fez um governo razoável e que faltou articulação política para maiores conquistas
Em entrevista ao programa Poder em Foco, parceria do SBT com o jornal digital Poder 360, o presidente Jair Bolsonaro deu nota 7 ao seu primeiro ano de governo. O motivo para a nota, segundo ele, foi a falta de articulação política com alguns setores da sociedade e a inexperiência de alguns ministros. Mas espera nota 8 para 2020.
Bolsonaro considerou a melhora da economia com o principal fator positivo de seu governo até o momento e citou como exemplos a redução da taxa Selic e do risco Brasil, “inflação na casa média de projeção” e, como consequência, incentivo ao investimento. “Devemos completar um ano de governo com quase 1 milhão de empregos criados. São números auspiciosos.”, disse Bolsonaro.
Em relação às privatizações previstas para o próximo ano, o presidente reiterou a privatização dos Correios e de algumas subsidiárias da Petrobrás. Mas descartou a privatização de bancos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. “Sem partir para a privatização, o sistema entra em colapso. Não tem outra alternativa.”, afirmou.
Reforma tributária
Bolsonaro disse que há possibilidade de criação de um novo imposto, como a CPMF, desde que outros sejam extinguidos e que isso seja discutido com a população. O presidente criticou a carga tributária sobre o empregador e a defasagem na mão de obra e na educação brasileira. “A educação no Brasil está péssima e você não muda isso de uma hora para outra. (…) Entre as 200 universidades do mundo, não tem nenhuma brasileira. Precisa melhorar”, afirmou.
Em balanço sobre a equipe, Bolsonaro elogiou seus ministros e afirmou que não há intenção de mudanças no próximo ano. Sobre as eleições de 2020, não descartou a possibilidade de apoiar candidatos de cidades estratégicas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.
Reeleição
Sobre ser candidato à reeleição, Jair Bolsonaro confirmou essa possibilidade. “Se eu estiver bem, disputo a reeleição. Estou cumprindo a missão de forma, no mínimo, razoável. Posso não ser o melhor presidente, mas sou o que tem menos pecados”, disse.
Se isso acontecer, ele acredita que o PT será um forte concorrente, mas que Lula “é carta fora do baralho”. Também defendeu o voto impresso e mencionou a suspeita de fraude na última eleição.
STF
Bolsonaro classificou como “boa” sua relação com o Supremo Tribunal Federal (STF) e confirmou o advogado geral da União, André Mendonça, como uma de suas opções de indicação para ministro do Tribunal.