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Bispo Bergonzini morre em Guarulhos aos 76 anos

Por Da Redação
13 jun 2012, 17h27

Por José Maria Mayrink

São Paulo – O bispo emérito (aposentado) de Guarulhos, d. Luiz Gonzaga Bergonzini, que se projetou na campanha presidencial de 2010, ao pregar o voto contra a atual presidente Dilma Rousseff e todos os candidatos do PT, morreu nesta quarta-feira, aos 76 anos, de falência múltipla dos órgãos, após 21 dias de internação na UTI do Hospital Stella Maris.

A pregação de d. Bergonzini contra os petistas alcançou repercussão nacional e internacional, quando ele alegou que Dilma era contra a vida humana, porque defendia a descriminalização do aborto, posição que, conforme observou, fazia parte também do programa do PT. O partido chegou a temer que a campanha do bispo influenciasse o resultado da eleição, com a invasão do debate religioso no palanque.

“Iniciei uma campanha contra os candidatos favoráveis ao aborto de todos os partidos, a qualquer cargo”, escreveu d. Bergonzini em carta aos bispos brasileiros, acrescentando que “o PT é o principal articulador dessa ação no Brasil” e, também, do ‘casamento’ de homossexuais”, que ele igualmente combatia.

Por iniciativa da diocese de Guarulhos, adeptos de um movimento pró-vida, que se alastrou por vários Estados, distribuíram à porta de igrejas panfletos com o manifesto “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, aprovado pela Regional Sul 1 (Estado São Paulo), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a recomendação de não votar em Dilma. A diocese mandou imprimir 2 milhões de cópias do documento.

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“O meu comportamento é baseado em minha consciência e no Evangelho”, justificou-se d. Bergonzini, quando outros bispos criticaram a sua atitude, principalmente porque o panfleto estava sendo distribuído fora do território da diocese de Guarulhos. A direção da CNBB, que havia publicado recomendação para que os eleitores votassem apenas em candidatos que respeitassem o direito à vida, sem citar nomes, também não gostou do texto do Regional Sul 1.

Mesmo depois de o papa Bento XVI ter aceito sua renúncia à administração da diocese, por limite de idade (ao completar 75 anos), d. Bergonzini insistiu na defesa de suas convicções. Pela internet, ele defendeu em seu blog o afastamento de professores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) que tenham ideias contrárias à doutrina da Igreja. Para ele, docentes favoráveis à descriminalização do aborto, à eutanásia, à maconha e à “ideologia homossexual” deveriam buscar outra instituição.

O corpo de d. Bergonzini, que está sendo velado na catedral de Guarulhos, no centro da cidade, será sepultado na cripta do templo, após a celebração das exéquias, na quinta-feira, às 17 horas.

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